Antes de falarmos sobre os cristãos, falaremos sobre os judeus, pois como um povo formado por DEUS – ATENÇÃO, eles não foram escolhidos como muitos pensam, mas foram formados e constituídos como um povo – precisamos aprender algumas coisas com eles quando o assunto é o dinheiro.
De forma alguma faremos aqui uma exaltação ao povo judeu, muito menos incentivaremos o proselitismo (conversão ao judaísmo). Somos cristãos convictos, cremos que JESUS é o Messias prometido e que só Ele salva o pecador através da graça revelada na cruz, sendo essa a essência do evangelho. Mas é inegável que o judaísmo é a raiz do cristianismo, e se não fosse assim, nossa bíblia não contaria com todo o antigo testamento.
Mas quando abordamos qualquer assunto financeiro, devemos olhar com muita atenção para o povo judeu, pois eles têm segredos bíblicos para tal. Alguns judeus costumam fazer com que seu dinheiro circule dentro da comunidade por diversas vezes antes de sair para o mercado “secular”. Dessa forma, eles seguem um princípio bíblico de que para ser abençoado por DEUS é preciso antes se abençoar mutuamente. Por exemplo, nas suas transações de compra e venda de serviços eles priorizam as negociações entre eles. Por exemplo, as crianças judias são matriculadas em escolas de judeus, onde elas aprendem os princípios judaicos a fim de preservar seus ensinos e sua cultura. Com tudo isso, eles se abençoam mutuamente primeiro para depois sair ao mercado “secular”.
O dinheiro não pode permanecer parado.
Esses judeus antigos mantinham o dinheiro em constante circulação, pois acreditavam que quando ele era guardado num cofre, passava a ser algo inútil. Para eles, o dinheiro trazia vantagens quando circulava de mão em mão, fazendo o bem de pessoas e de negócios, gerando prosperidade, etc.
As moedas eram chamadas de “zuzim” porque circulavam de mão em mão, sendo que a palavra hebraica para “zuzim” (plural de “zuz”) significa moeda antiga e é semelhante a palavra “zazim” que significa “de mão em mão”. Da mesma forma que o conhecimento intelectual é desperdiçado quando fica parado, assim é também com o dinheiro, que deixa de cumprir seu propósito de ajudar pessoas.
Nunca se esqueça que, apesar de toda a dureza de coração, eles ainda permanecem sendo o povo que foi formado por DEUS, e que a história deles está diretamente ligada à nossa salvação, pois JESUS era judeu e os judeus foram os primeiros porta-vozes do evangelho.
Mas o que é ser um povo duro de coração? A bíblia cita os judeus como pessoas de dura cerviz. O adjetivo “dura cerviz” é uma expressão que transmite a idéia de uma pessoa possuída de um “pescoço duro” ou de um “coração obstinado”, ou ”aquele que não se dobra”, ou ainda “aquele que não se humilha facilmente”. Descreve uma atitude rebelde e intransigente, fato claramente notado durante a peregrinação no deserto do Sinai pelo povo de Israel, entre a saída do Egito (libertação) e a chegada à Canaã (terra prometida). Um animal de dura cerviz é aquele que empaca ou retrocede, fazendo meia volta, resistindo à vontade de seu dono. Essa foi uma das linguagens figuradas para retratar a rebelião e a teimosia de Israel diante de DEUS. Um homem, quando se rebela e não aceita as direções de DEUS, é como um boi que se enrijece por inteiro e não aceita mais avançar, preferindo retroceder, seguindo seus próprios caminhos e escolhas.
“Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” (Êxodo 33: 3)
“E disse: SENHOR, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado e toma-nos por tua herança.” (Êxodo 34: 9)
“Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu DEUS, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.” (Deuteronômio 9:6)
Porém, aquele que entre nós nunca foi orgulho diante de DEUS, que atire a primeira pedra. Certamente sobrarão muitas pedras.
Não ignore a importância do povo judeu.
Os judeus foram levantados para serem os primeiros mensageiros das escrituras. Foi através da nação de Israel que o Messias de DEUS veio ao mundo. JESUS nasceu de mãe judia, e, portanto, era um judeu. Ele viveu como um judeu. E não só JESUS, mas os apóstolos e os discípulos também viveram como judeus. A fé cristã possui raízes judaicas. Com tudo isso, os judeus foram instrumentos da revelação de DEUS para salvação a toda humanidade.
“Vós adorais o que não conheceis, nos adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.” (João 4: 22)
O povo judeu representa uma nação que, muito antes de ser escolhida (a verdade é que eles nunca foram escolhidos), foi formada por DEUS, a partir da chamada de um homem, que até então era um idólatra, de nome Abrão. A história, tanto da nação de Israel, quanto da Igreja, foi desencadeada por sua obediência em escutar e seguir a direção profética de DEUS para a sua vida, e para uma nação que viria a existir. E juntamente com essa chamada, houve várias promessas em diversos aspectos da vida. E um desses aspectos foi justamente sobre a área financeira. É inegável que temos muito que aprender com o povo judeu em se tratando de área financeira.
“Pois o SENHOR teu DEUS te abençoará, como te tem dito: assim emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, porém elas não dominarão sobre ti.” (Deuteronômio 15: 6)
Temos visto como a profecia de Deuteronômio 15: 6 tem se cumprido sobre os judeus de uma maneira tão evidente. Por toda a história, os judeus aprenderam a emprestar e não tomar empréstimos. São eles quem, de uns tempos para cá, têm condições de emprestar, não precisando pedir emprestado. Isso é uma maneira de dominar e influenciar as nações, e não ser influenciados. Sabemos que é por isso que o povo judeu, apesar de toda perseguição e racismo sofrido, nunca desapareceu do mapa. Pelo contrário, é um povo que resistiu a diversas guerras e principalmente ao tempo, e que a cada dia fortalece suas tradições e cultura. Muitos reinos surgiram, ascenderam e ruíram. Povos apareceram e desapareceram ao longo dos tempos. Mas e quanto aos judeus? Eles apareceram e continuam aí, mais vivos do que podemos imaginar. Será que não podemos ver a mão de DEUS nisso tudo, a fim de cumprir Suas profecias bíblicas?
O salário por si só não deixa ninguém rico.
Sob o plano natural, desconsiderando o plano sobrenatural e os milagres de DEUS, é raríssimo alguém ficar rico vivendo apenas do salário, por maior que ele seja. Quanto maior o salário, maior o padrão de vida e maiores os custos para mantê-lo. Portanto, um dinheiro parado nessa situação se vai com facilidade. Até mesmo um jogador de futebol, que tem seu salário fora dos padrões reais do mercado financeiro, se não souber investir e aplicar suas rendas, mas cedo ou mais tarde voltará à estaca financeira no marco zero.
Os primeiros a perceberem que o salário por si só dificilmente enriquece foram os judeus. Coincidência? Com certeza não, pois eles têm algo especial a nos ensinar quando o assunto é “como administrar o dinheiro”. Foram eles os criadores dos bancos e de suas regras de investimento, empréstimos, juros, cobranças, etc.
Eles criaram regras que reduziram as chances de perdas ao mesmo tempo em que obtinham lucros sobre lucros. Até ao ponto de, ao longo do tempo, ter que apenas se preocupar em contabilizar e administrar os ganhos, sem ter que trabalhar pelo dinheiro, pois foi o dinheiro que passou a trabalhar para eles. O resultado disso foi dinheiro sobre dinheiro, e ganho sobre ganho.
A fama dos judeus.
Foram os judeus que ensinaram que mais importante que o dinheiro que a pessoa ganha, é o dinheiro que a pessoa poupa. Essa foi a lição que José do Egito ensinou a Faraó e ao mundo inteiro.
Mas não fique pensando que os judeus são sovinas e mesquinhos, como o diabo os divulga ao mundo. Eles são apenas bons de negócios. E justamente por conhecerem as escrituras antigas, eles praticam a generosidade, já que procuram cumprir as leis de DEUS. A maior parte dos judeus religiosos praticam a filantropia financiando escolas e ONGs que propagam suas tradições e ensinamentos, além, é claro, de financiarem as sinagogas e todas as atividades e custos que fazem parte delas.
Os Juros
Já no Egito, os judeus comercializavam entre si e com os egípcios. Quando era entre si, não se cobravam juros, caso contrário, os juros apareciam no comércio e nos empréstimos. Talvez, por isso, Faraó temeu os judeus vendo neles um crescimento acelerado, ameaçador e poderoso.
“Entrementes se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eis, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas.” (Êxodo 1: 8-11 a )
O funcionamento de uma transação que envolve juros se dá da seguinte forma: o devedor se compromete a pagar um valor um pouco maior que o original em troca de um benefício imediato, e o credor fornece algo que dispõe de imediato, a fim de receber um valor maior no final da negociação.
Os juros são de certa forma interessante, pois trabalham conforme sua função, podendo ser um excelente ou um péssimo negócio. Se você é um devedor financeiro, precisa de forma urgente procurar aquele a quem deve e procurar fazer um acordo, um pedido de perdão de dívida, pois os juros trabalham conta você. Uma dica é que as taxas de juros variam, portanto priorize o pagamento de dívidas com taxas menores. Mas se você tem recursos para investir, os juros trabalharão a seu favor, fazendo o dinheiro ser seu empregado e não seu patrão.
Escrito: Shizuo
Escrito: Shizuo
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