Passado o período pós-crise, de 2008 para 2009, muitas funções de alta direção e gerência foram eliminados por conta dos elevados salários. Já no início do ano passado, as empresas retomaram o processo e reiniciaram a contratação desses profissionais, porém, com um perfil reformulado. Houve uma espécie de reciclagem dos cargos de maior hierarquia.

Há pouco tempo, os cursos técnicos não eram muito procurados no mercado de trabalho. Nos últimos cinco anos, houve um “boom” desse sistema de ensino, pois além de conterem uma carga horária menor, ensinam na prática as ações do dia a dia do profissional. Hoje, cursos de dois anos podem ser muito mais proveitosos do que um acadêmico comum de quatro ou cinco anos de duração. As áreas de construção civil, mecatrônica, robótica, recursos humanos, entre outros, são muito requisitadas pela pontualidade que têm perante as necessidades do meio empresarial. “A criação de cursos de curto prazo foi para formar pessoas que já tinham experiência e com um plano de carreira já definidos. Essa é uma grande tendência para 2011”, observa Montero.
O consultor comenta que técnicos de manutenção, desde a especialidade mecânica até a predial, estão bastante valorizados porque a grande maioria ainda prefere fazer uma faculdade comum a um curso de especialização. “Atualmente, um soldador sênior pode ganhar três ou quatro vezes mais do que um engenheiro de formação”, exemplifica.

Dedicação à empresa
A questão do comprometimento justifica-se pelo aumento da geração Y nas corporações. A maior dificuldade em reter esse perfil de profissional, e o gasto para administrar este capital humano por conta da rotatividade e treinamento, faz com que as organizações desenvolvam políticas que façam com que o profissional se torne mais engajado e envolvido. Fernando Montero diz que o objetivo principal para 2011 deve ser desenvolver um ambiente onde consiga trazer as pessoas para o negócio da companhia.
“O comprometimento do profissional e a ética devem ser pontos chaves neste processo até porque com a livre concorrência, os bons profissionais recebem propostas de outras empresas e cabe a este avaliar a sua conduta e a valorização que possui com a empresa a qual está contratado. O funcionário deverá vestir a camisa da empresa em que trabalha sempre pensando que o crescimento desta, consequentemente acarretará no seu crescimento profissional”, concordaNicolas Delfino, sócio da Florense Ipanema, empresa de mobiliários de alto padrão.
Fonte:Jornal Carreira & Sucesso - 413ª Edição
Nenhum comentário:
Postar um comentário