Considerações
O estudo sobre os dons do Espírito
Após estudarmos sobre as obras da carne e fruto do Espírito, iniciaremos a partir desta aula um estudo sobre os dons do Espírito Santo.
Este estudo não visa uma descrição detalhada de cada dom, pois isto seria impossível, mais antes, enfatizar a diferença entre os dons sobrenaturais, talentos e ministérios, mostrar a importância dos dons para a igreja, ensinar o porquê dos dons existirem e amadurecer a igreja quanto à manifestação dos dons evitando toda operação da carne.
Você deve estar lembrado que começamos o nosso discipulado aprendendo as doutrinas básicas do cristianismo, depois vimos sobre o fruto do Espírito e agora sobre os dons; este programa não foi feito ao acaso, mais por ser importante para a salvação uma vida frutífera e importante também antes de se buscar os dons, buscarmos transformação de caráter.
Nosso estudo será ao nível de discipulado, sendo, portanto, parte de um programa para novos convertidos.
Aula nº 1- Assunto: Introdução ao estudo Nesta aula iremos estudar sobre os diferentes dons concedidos por Deus.
O significado da palavra dom Antes de pedir que o Senhor lhe conceda dons, primeiramente você deve pedir a ele que lhe dê conhecimento a respeito do assunto.
Vou usar uma ilustração que vai mostrar a você o porquê disto: suponha que uma criança recebeu os poderes de um super-herói; já imaginou que bagunça ela faria? Assim é um crente que alega possuir dons e não passa de uma criança espiritual.
A palavra dom significa dádiva, algo que é dado gratuitamente independente de merecimento; logo os dons são frutos da graça generosa de Deus e da sua infinita misericórdia.
O DOM É ALGO QUE PROCEDE DA GRAÇA DE DEUS, PORTANTO, JAMAIS SERÁ CONCEDIDO POR MÉRITO DE HOMEM ALGUM!
Querido irmão, no sentido literal da palavra, tudo o que possuímos é dom de Deus!
Veja os exemplos abaixo:
A vida eterna é um dom de Deus (Jo 3. 16)
O amor é dom de Deus (Rm5.5)
A fé é um dom de Deus (Ef 2.8)
A salvação é dom de Deus (Tt 2.11)
O ministério é dom de Deus (Ef 4.11)
Os nossos talentos são dons de Deus (Mt25.14-30)
As manifestações sobrenaturais do Espírito são dons de Deus (ICo12.7)
Tudo o que somos ou temos é dom de Deus no sentido literal da palavra.A diferença entre as dádivas que Deus concede aos homens
Vimos o que é dom em um sentido amplo, no entanto, podemos distinguir as várias dádivas que Deus nos concede. Iremos aprender o que são os dons sobrenaturais em um sentido mais restrito.
Dons sobrenaturais são as manifestações do Espírito Santo que mostram a sua presença e edificam os cristãos.
Vejamos a diferença entre dons sobrenaturais, ministérios e operações baseado em I Coríntios, capitulo 12, versículos de 4 a 6.
Neste texto podemos observar coisas importantes:
I)A presença da trindade:
v.4 Espírito; v.5 Senhor Jesus; v.6 Deus Pai
Notamos ainda que o Espírito está ligado aos dons, pois estes são manifestações sobrenaturais da sua presença em nossa vida; logo, somente possui dons àqueles que são salvos.
Os ministérios são diferentes dos dons e estão ligados ao senhorio de Cristo, pois ele é o cabeça da igreja, embora tenha colocado autoridades que administram o seu rebanho (exemplo de ministérios Ef 4.11).
As realizações(operações) estão ligadas ao pai, e isto por ele tratar a todos como filhos e sempre estar agindo de alguma forma em nossa vida.
Deus também opera na vida do ímpio, entretanto, não como filhos, mais como Deus criador; todos os seres humanos são criaturas de Deus, mais somente os salvos são filhos de Deus ( Jo1.12, Mc16.15); ainda assim, Deus ama o ser humano, embora muitas vezes ele não reconheça o agir de Deus.
II)No versículo 7 de I Coríntios 12, vemos o objetivo dos dons: para o que for útil, logo, dom não é brincadeira ou meninice, o Espírito concede dons sempre com o propósito de edificar a sua igreja!
Dons sobrenaturais e talentos Existe uma diferença entre os dons sobrenaturais e os talentos. Embora ambos sejam dados pelo Senhor, os dons do Espírito são inerentes aos salvos, enquanto que os talentos fazem parte de todos os homens, independente de serem cristãos ou não.
Todo ser humano nasce ao menos com um talento; depois de conhecer a Deus, devemos usar este talento para o reino do Senhor.
Exemplos: existem pessoas que possuem um grande talento para fazer roupas, outros possuem talento para tocar instrumentos musicais, etc...
Talentos são capacidades naturais dadas por Deus.
Conclusão:
Nesta aula aprendemos coisas importantes sobre os dons, a saber:
Nesta aula aprendemos coisas importantes sobre os dons, a saber:
- Tudo o que temos é dado por Deus
- Os dons sobrenaturais são diferentes dos ministérios e operações
- Os dons sobrenaturais são diferentes dos talentos
- Somente possui os dons do Espírito àqueles que são novas criaturas
- Os dons do Espírito são concedidos para edificação
Introdução: Nesta aula iremos estudar os diferentes grupos existentes de dons sobrenaturais. Você perceberá que os dons contidos na lista de I Co 12.4-6 podem ser agrupados em três tipos diferentes.
Durante o estudo, você aprenderá também a pedir os melhores dons.
A divisão dos dons sobrenaturais Iremos agrupar os dons para que você tenha uma visão global da ação destes dons.
Podemos classificar os dons sobrenaturais de I Co 12.4-6 da seguinte forma:
Dons do saber, dons de poder e dons de locução.
Os dons do saber mostram a magnificência da mente do Senhor; os dons de poder revelam a autoridade soberana do Senhor e os dons de locução mostram a vontade e a presença do Senhor.
Observe a tabela abaixo:
DONS DO SABER
|
DONS DE PODER
|
DONS DE LOCUÇÃO
(OU VERBAIS) |
Sabedoria
|
Fé
|
Profecia
|
Ciência
|
Dons de curar
|
Línguas estranhas
|
Discernimento de espíritos
|
Dom de operação de maravilhas
|
Interpretação de línguas
|
Sabemos que os dons não são concedidos por merecimento, isto, porém, não exclui a necessidade de crermos que eles são para o dia de hoje, nem tão pouco nos exime da necessidade de pedi-los a Deus. Iremos receber pela vontade soberana de Deus e não por termos pedido de modo a merecermos e “obrigarmos” ao Senhor a nos conceder (lembre-se de que ele é o Senhor e você o servo!).
Este pedir, no entanto, deverá ser com fé Tg 1.6 (crendo que Deus concede os dons ainda hoje e o deseja fazer), e devemos saber como pedir Tg 4.3, ou seja, não uma fórmula mágica para pedir e sim pedir sabendo qual à vontade de Deus para a igreja e para a minha vida.
Procurando os melhores dons A Palavra de Deus encerra I Co 12 com o versículo 31 dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons. E agora eu vos mostrarei o caminho mais excelente”.(Ed. Almeida Contemporânea). Analisando este texto, descobrimos:
Procurai com zelo = devemos buscar e vigiar nesta busca, não desistindo e sempre pedindo a Deus que manifeste os seus dons na igreja, pois isto é importante.
...os melhores dons = Você deve estar perguntando: Quais são os melhores dons? Vejamos:
Partindo do propósito dos dons (para o que for útil I Co 12.7; para a edificação I Co 14.26; para a congregação antes de ser para cada um individualmente I Co 12.27; 14.4), chegamos a conclusão que os melhores dons sempre serão aqueles que edifiquem mais a minha igreja local; justamente os que forem mais úteis para consolo, amadurecimento e encorajamento dos meus irmãos. Isto é uma questão de amor!
Como exemplo deste princípio, vemos no capítulo 14, versículos de 1 a 5, da carta citada nesta aula, que o dom de profecia é superior ao de línguas estranhas devido ao fato do primeiro edificar a igreja e o segundo edificar ao crente individualmente.
Quando busco algum dom, sempre devo pensar na unidade do corpo de Cristo e jamais em satisfazer o meu ego, pois isto seria pecado!
Os dons e o amor Visto o que vimos anteriormente, chegamos também a seguinte conclusão:
Don sem fruto é obra da carne!
Preste bem a atenção na última parte do versículo 31 de I Coríntios 12: “E agora eu vos mostrarei um caminho mais excelente”.Quando lemos o capítulo 13 de ICoríntio, Paulo passa a explicar que caminho mais excelente era este do qual ele falava e descobrimos que toda manifestação sobrenatural na igreja deverá ser movida pelo amor. O caminho mais excelente, ou seja, o melhor caminho, o que deve ser buscado primeiro é o amor de Deus. Em outras palavras, primeiramente devemos ter uma vida abundantemente frutífera e então, buscarmos os dons do Espírito; desta forma saberemos pedir o dom certo!
Conclusão:
Aprendemos nesta aula a classificar os dons sobrenaturais dentro de três grupos diferentes: saber, poder e locução.
Vimos ainda neste estudo que os dons devem ser buscados dentro do princípio do amor de Deus conforme nos ensina a sua Palavra.
Na próxima aula estaremos analisando o primeiro grupo de dons sobrenaturais.
Assunto: Os dons do saber
Texto: I Co 12.7-10
Introdução:
Nesta aula iniciaremos o estudo de cada um dos grupos de dons. Cada um destes grupos mostra um atributo de Deus.
Os dons do saber mostram a onisciência de Deus;
Os dons de poder mostram a onipotência de Deus e;
Os dons de locução mostram a onipresença de Deus.
Estaremos estudando hoje o primeiro grupo de dons chamado dons do saber.Este grupo é formado pelos seguintes dons: sabedoria, ciência e discernimento de espíritos.
I) A Palavra da Sabedoria Este é o primeiro dom encontrado na lista de I Co12.8. Não adianta ter os outros dons se não houver sabedoria para utiliza-los. Para que você compreenda o que eu acabei de dizer, lembre-se que para entregar uma revelação do Senhor, precisamos saber como entregar, o momento, a hora, etc...
A sabedoria é extremamente necessária no trabalho de aconselhamento, disciplina, julgamento e no trato com as pessoas.
A sabedoria aplica a revelação dada pelo Espírito Santo a situações diferentes. Exemplo: A sabedoria dada ao rei Salomão é colocada em prática em I Rs 3.15-28; ver ainda At 6.10.
Este dom é extremamente necessário àqueles que administram a igreja. Um pastor, por exemplo, deve pedir este dom ao Senhor, pois é necessário ter uma sabedoria sobrenatural para agir e decidir diante das mais variadas situações.
Como você pôde perceber, o dom da sabedoria está ligado com ação, ou seja, é agir como Cristo agiria diante de determinada situação; é ter a mente de Cristo!
Visto que Cristo é a sabedoria de Deus (I Co 1.17-31; 2.6-8), ter sabedoria é pensar e agir como Jesus.
Como todos os dons, a palavra da sabedoria não é adquirida através de esforços humanos, mais esta sabedoria é algo sobrenatural, é uma sabedoria que vem da ação do Espírito de Deus, por isso ela deve ser pedida (Tg 1.5,6).
A Bíblia nos ensina que esta sabedoria deve ser buscada e desejada (ver Provérbios, caps 8 e 9).
No livro de provérbios, podemos perceber claramente Jesus como a verdadeira sabedoria viva.Vemos esta sabedoria acessível e desejosa de ser adquirida por todos os homens
O dom da palavra da sabedoria não deve ser confundido com o da palavra da ciência que estudaremos agora.
II) A Palavra da Ciência A palavra ciência significa conhecimento, daí este dom em algumas traduções ser chamado de Palavra do Conhecimento (I Co 12.8).
Trata-se da revelação dada pelo Espírito Santo com relação às verdades bíblicas.É a compreensão do pensamento de Deus.Devemos notar que é palavra da ciência e não apenas ciência, assim como está escrito: palavra da sabedoria e não apenas sabedoria; isso nos leva a compreender que a palavra da sabedoria é um modo sábio de falar e a palavra da ciência uma declaração que as pessoas possam entender e compreender com relação ao pensamento divino.
Quero deixar bem claro, quanto aos dons do saber, que eles estão interligados e que não adianta pedir nenhum destes dons se não lermos a Palavra de Deus. Dom não se adquire por esforços humanos, entretanto, se não amamos a Bíblia, como Deus aplicará a sua Palavra seja na sabedoria, ciência ou discernimento de espíritos?
Voltando a ciência, o primeiro beneficiado pela revelação é a própria pessoa a quem ela é dada; mais, lembre-se: Deus jamais irá revelar algo que não seja conforme os padrões contidos na sua Palavra.
Palavra da Ciência não é “bisbilhotar” a vida dos outros; não é espírito de adivinhação!!!
Somente com a ação do Espírito Santo em nossos corações é que passamos a conhecer mais profundamente a Deus e compreendemos os seus mistérios. É dever do cristão buscar conhecer ao seu Deus cada vez mais (Os 6.3). Este conhecimento deve ser transmitido.
Como eu havia dito anteriormente, o dom da palavra da ciência edifica primeiramente a própria pessoa interiormente, e depois, edificará o corpo do Senhor.
Aquele que tem intimidade com Deus e o conhece; pedirá ao Senhor, e receberá do Espírito, a revelação dos seus mistérios; para tanto, será necessário ter uma vida de comunhão com o Senhor.
O apóstolo João; recebeu de Deus a revelação de coisas que aconteceriam no fim dos tempos!
O dom da ciência traz também à luz da igreja mistérios ocultos para a edificação do corpo do Senhor. Esta ciência também pode trazer fatos contidos no coração das pessoas, haja vista, o Espírito Santo ser onisciente e sondar todas as coisas, porém, certamente, isto ocorrerá apenas para edificação da igreja e sempre de acordo com a Palavra de Deus (devemos lembrar ainda da necessidade de sabedoria para entregar a revelação de Deus).
III) O Discernimento de Espíritos I Co 12.10
Este dom é extremamente necessário nos dias atuais, nos quais, a operação do engano se intensifica cada vez mais
É o dom pelo qual podemos distinguir:
1)As operações espirituais dentro da igreja durante toda e qualquer reunião;
2)As operações espirituais no cotidiano;
3)A voz de Deus e a carne;
4)A voz de Deus e a do Diabo.
Através do discernimento diferenciamos a operação do erro e a da verdade, o engano e a sinceridade, etc...
Não devemos crer cegamente em toda manifestação que ocorre à nossa volta (I Jo 4.1). Um exemplo disso está na passagem do livro de Atos, no capítulo 16 , versículos de 16 ao 19 .Olhando despercebidamente podemos achar que aquela mulher estava falando uma verdade; realmente Paulo era um servo de Deus, no entanto, aquele espírito de adivinhação queria que as pessoas pensassem que a mulher estava revelando algum mistério.
No caso de Ananias e Safira (At 5), houve uma combinação de vários dons; ciência, discernimento e maravilha.
O inimigo sempre tenta inverter e distorcer a Palavra de Deus. Devemos ter cuidado e discernimento para não sermos enganados. O que parece certo, muitas vezes pode ser errado! Se não ouvirmos a voz de Deus, depois iremos querer culpar ao Senhor por nossa negligência!
IV) Conclusão Aprendemos hoje sobre os dons do saber e a sua necessidade principalmente para àqueles que administram a casa de Deus.
Vimos também que a sabedoria está ligada com ação. A ciência é a revelação dada pelo Espírito Santo de verdades bíblicas e também de mistérios ocultos, bem como circunstancias referentes à igreja e a pessoas. O discernimento de espíritos é a capacidade de distinguir entre as manifestações de Deus, da carne e do diabo.
Na próxima aula entraremos no grupo dos dons de poder.
Assunto: Os dons de poder (parte 1)
Texto: I Co 12.9
Introdução:
Nesta aula estaremos estudando mais um grupo de dons do Espírito Santo, chamado de dons de poder. Este grupo engloba os seguintes dons: fé, operação de maravilhas e os dons de curar.
Para iniciarmos esta aula é necessário que os irmãos compreendam o que significa poder. Poder não é gritaria, pular alto, falar em línguas ou ver sinais miraculosos. A palavra poder significa autoridade.
Trazendo para o nosso assunto, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus; a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano.Enfim, mostram a onipotência de Deus.
Quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade!
I)O dom da fé Este dom é o que impulsiona os demais dons e, em especial, os outros dois dons do grupo. Não se trata da fé que tivemos no sacrifício de Jesus para sermos salvos. Também não se trata da fé comum e necessária a todo cristão como fruto do Espírito Santo que prova sermos realmente novas criaturas e que aceitamos verdadeiramente ao Senhor Jesus como nosso salvador.
A fé necessária para a salvação; todo crente teve. ( Jo 3.16)
A fé, fruto do Espírito Santo, todo aquele que é salvo tem que ter! ( Hb 10.35-39 ; 11.6)
A fé sobrenatural, como dom do Espírito Santo; nem todo crente possui! ( I Co 12.9) É sobre este tipo de fé que o apóstolo Paulo fala em I Co 13.2 .
Ter o dom da fé significa crer que o Senhor Jesus opera milagres ainda hoje, é crer que o Senhor cura as enfermidades, é colocar em prática a autoridade que nos foi conferida pelo Senhor. Devemos ter fé que os dons do espírito Santo conferidos a Igreja são para os dias de hoje e, portanto, se manifestarão na igreja e em nossa vida.
Veja os seguintes textos: Mt 8.13; 9.29,30
Mc 9.23; 11.22-24
Lc 8.41,42,49-55; Jo 11.40
Nestes exemplos vemos pessoas que creram no poder de Deus.
É necessário crer no poder de Deus para que ele possa operar maravilhas (Tg 1. 6,7).
O dom da fé é a capacidade sobrenatural dada por Deus para vencer barreiras e realizar proezas em nome do Senhor!
O Espírito Santo pode efetuar coisas poderosas em favor da igreja, tanto quando está reunida, ou quando se expressa diante do mundo!
Devemos por isso, crer que o Senhor fará as mesmas proezas através da nossa vida, crer na autoridade que nos foi confiada! Os dons de poder estão intimamente ligados, por exemplo: Se vou orar por um enfermo, devo ter fé que ele será curado!O Espírito Santo pode efetuar coisas poderosas em favor da igreja, tanto quando está reunida, ou quando se expressa diante do mundo!
Agora leia os exemplos a seguir:
Em Mt 17.14-20, os discípulos não expulsaram o demônio por causa da pequena fé.
Em Mc 16.17,18, Jesus conferiu sinais do seu poder pela ação do Espírito Santo a sua igreja; portanto é necessário crer que este poder nos é conferido ainda hoje!
A igreja no livro de Atos possuía esta fé! Leia alguns exemplos em: At 3.1-12; 5.12-16; 8.5-7; 16.16-18;28.1-10.
Existem pessoas que possuem um poder de fé incomum, dedicando-se, portanto, de um modo incomum, que pode ser traduzido por fé sobrenatural, a ponto de não parar jamais e sempre avançar em direção a grandes conquistas para o reino de Deus.II)Os dons de curar Primeiramente quero dizer-lhes que o texto traz “os dons de curar” e não “o don de curar”. Isso se deve ao seguinte fato: existem várias formas do Espírito de Deus agir com relação à cura, porém devemos reconhecer que sempre será o Senhor que age, pois a nossa vida está em suas mãos. Além deste detalhe, deve-se levar em conta as inúmeras doenças que afligem o homem, seja no seu corpo, alma ou espírito.
Jesus é o médico dos médicos por excelência. Por onde ele ia, uma multidão de enfermos era trazida até ele e os curava! ( Mc 1.33,34 ; Lc 4.40,41; Lc 6.17,18 )
Jesus empregou várias formas diferentes de cura de acordo com o coração de cada pessoa, objetivo, circunstância ou ensino que desejava aplicar, no entanto, todas as vezes que ele curava alguém sempre era para que o nome do seu pai fosse glorificado.
Toda cura deve ser para que o nome do Senhor seja glorificado, a igreja edificada e os homens dêem glorias a Deus ou aprendam algo; caso contrário Deus não operara através deste dom!
IIA)Os diferentes métodos de curaJesus aplicou lodo sobre os olhos de um cego (Jo 9.1-7), entretanto em outro ele apenas ordenou que ele visse ( Mc 10.46-52). Com o centurião ele apenas ordenou a cura de longe (Mt 8.5-13), com o leproso e os dois cegos, ele tocou ( Mt 8.1-4; 20.29-34).
Hoje não é diferente, podemos orar e a pessoa ser curada imediatamente, ou após alguns dias. Podemos ainda orar e Deus usar das mãos de um médico para agir desde que o nome do Senhor seja sempre glorificado.
Muitas vezes oramos à distância, outras vezes por imposição de mãos. Algumas vezes ungimos com óleo, outras não!
Deus opera nos dias de hoje como no passado, ele é o mesmo!IIB)Nos evangelhos vemos por várias vezes que as curas traziam um ensino Exemplos:
Jesus superior ao sábado- Mt 12.9-13
Sua autoridade como Filho de Deus- Em Jo 11, no episódio da cura do cego de nascença, Jesus procurou mostrar a sua divindade (vs.35-38)
Sua realeza- Mt 9.27-29
Muitas outras curas poderiam ser citadas como exemplo de ensino, bem com milagres poderosos, mais creio que já é o suficiente para entendermos.
IIC)Jesus curou diferentes doenças
Cegueira, surdez, febre, coxo, aleijado, lunático, corcunda, hemorragia, mudez, paralítico, mão ressequida, lepra, orelha restaurada, etc...
O Espírito Santo, do mesmo modo, nos deu poder sobre toda e qualquer enfermidade!
Conclusão:
Iniciamos hoje o estudo do 2º grupo de dons chamados “dons de poder”. Aprendemos que estes dons demonstram a onipotência de Deus e este grupo é composto dos dons da fé, os dons de curar e o dom de operação de milagres.
Estudamos que o dom da fé impulsiona os demais dons de poder e que este dom é diferente da fé que tivemos para a salvação, bem com da fé como fruto do Espírito Santo.
Iniciamos ainda o estudo dos dons de curar e vimos que este dom tem esse nome devido aos vários métodos de cura e diversidade de doenças.
Por ser um assunto com muitas dúvidas a serem esclarecidas, na próxima aula concluiremos o estudo deste 2º grupo de dons.
Assunto: Os dons de poder/parte 2
Texto: Mc 16.15-18
Introdução:
I)Os dons de curar/parte 2
Na última aula estivemos iniciando o estudo do 2º grupo de dons espirituais; os dons de poder. Terminamos falando a respeito dos dons de curar.
Aprendemos que o texto de ICo 12.9 fala “dons de curar” devido às várias formas de cura divina. Quero iniciar ainda nesta introdução, explicando aos amados que, apesar da multiforme maneira de Deus agir, no caso da cura divina, Deus não operará a cura através de um modo que seja contrário a sua palavra.
Ex. Na unção com óleo existem igrejas que distribuem óleo para os seus membros saírem ungido a todo doente que vêem pela frente. Isto é uma prática antibíblica, bem como também é errado ungir objetos, fotos ou passar o óleo em qualquer parte do corpo do enfermo. A Palavra de Deus não ensina tal coisa! Estas práticas são impregnadas de sensacionalismo e fazem parte de um espiritismo disfarçado.
Recentemente, um presbítero de certa igreja evangélica em Guaratinguetá, precisou ser desligado por estar ungindo as “partes íntimas” das irmãs.
A maior fé é aquela que crê sem necessitar de algo visível (Mt 8.5-13)!
A unção sobre enfermos na Bíblia é prerrogativa ministerial ( Tg 5.13-15).
I.A)Conceituando os dons de curar (I Co 12.9)
Os dons de curar são aqueles concedidos aos servos de Deus para edificação da Igreja; pelos quais o Espírito Santo opera a cura sobrenatural. Cura divina é o processo pelo qual Deus, através do seu poder sobrenatural, concede saúde aos homens (corpo, alma e espírito) atingidos por enfermidades.
Nem todos em uma igreja possuem os mesmos dons. Como nos outros dons, assim também ocorre com os dons de curar, ou seja, nem todos possuem este dom ( I Co12.30) .
Se o Espírito Santo é quem concede este dom, significa que nenhum homem ou poder pode executar a cura de alguém verdadeiramente; significa também que aquele que não tem o Espírito Santo não pode ter este dom.
O diabo não cura ninguém, ele apenas engana; ele é o pai da mentira!
O que ocorre então em um terreiro quando uma pessoa é “curada”? E na igreja católica?No terreiro o Diabo que colocou a doença ( o inimigo tem poder para ferir com doenças) vai retirar a mesma, para que a pessoa perca a sua alma pensando que ele está fazendo algo de bom.
Na igreja católica, quando alguém faz uma promessa e fica “curado”, na verdade o inimigo pôs uma enfermidade na pessoa e ele mesmo retirou para que a pessoa pense que os “santos” realizaram um milagre e a sua promessa foi atendida (Deus não divide a sua glória com ninguém).
I.B)Por que os crentes ficam doentes? Pelo fato de estarmos ainda neste corpo, sujeito aos reflexos da queda de Adão. Um dia, o nosso corpo será transformado e então estaremos livres de toda dor e enfermidade (ICo 15.50-57). Toda a terra igualmente um dia será restaurada e livre de toda enfermidade (Rm 8.18-23).
Nem toda a enfermidade vem do inimigo, no entanto, existem enfermidades nos ímpios que são provocadas pelo Diabo (Lc 13.10-17), mais para o inimigo tocar no crente teria que ter a permissão de Deus.
Nem todo aquele que está enfermo é porque pecou ( ver os amigos de Jó em Jó 4.1-8,e o cego de nascença em Jo 9.1-3),no entanto, existem pessoas enfermas,inclusive crentes, por causa de pecados que cometeram ( I Co 11.29-31; Tg 5.15,16)!
I.C)Quem deve orar pelos enfermos?
Devemos crer que os dons de curar são para os dias atuais.
Todos os cristãos devem crer que podem receber este dom e orar pelos enfermos (Mc 16.15-18), porém na igreja, somente com ordem do pastor, pois caso contrário, virará uma verdadeira bagunça dentro da igreja (I Co 14.40), com todos querendo impor as mãos uns sobre os outros, além do mais, Deus distribuirá os dons de uma forma variada.
Os dons de curar não devem ser exercidos de modo irresponsável, precisamos saber o propósito de Deus em cada caso e quando Deus realmente deseja glorificar o seu nome através deste dom.
Propósitos da cura: Dentre alguns propósitos que existem na cura, destacamos os seguintes:
1)Edificação do corpo de Cristo
2)Demonstrar a compaixão de Deus ( com+paixão=sofrer com... Ex. Mt 20.29-34)
3)Levar as pessoas a crerem em Cristo ( Jo3.2;11.45 )
4)Glorificar a Deus ( Mt 15.30,31; Lc 13.13)
Obstáculos à cura: 1)Motivações erradas Tg 4.3 ( alguns desejam a cura mais do que a Jesus)
2)Nossos méritos (acharmos que merecemos ou para sermos exaltados)
3)Confiar no irmão e não em Jesus (como se fosse algum homem que pudesse curar)
4)Rebeldia (existem alguns que estão enfermos por rebeldia contra Deus)
5)Não crer na cura
6)Abuso à saúde (não cuidar de si próprio leva à enfermidade)
7)Falta de desejo (existem aqueles que gostam de ficar doente para chamar a atenção).
II) O dom de operação de maravilhas Este é o 3º dom do grupo de dons de poder.
II.A)Definição O que é milagre (maravilha)?
1º)Algo sobrenatural( II Rs 4.1-7)
2º)Algo que vai contra todas as leis da natureza (II Rs 4.32-37 )
3º)Algo que vai contra as leis da química e da física (II Rs 6.1-7)
4º)Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal Js 10.12-13)
5º)Segundo o dicionário, milagre é:
Ato ou coisa extraordinária, prodígio, coisa maravilhosa.
Feito extraordinário que vai de encontro as leis da natureza.
O dom de operação de maravilha é a capacidade dada ao servo do Senhor de realizar, pelo poder do Espírito Santo, coisas extraordinárias sem explicação na natureza.Feito extraordinário que vai de encontro as leis da natureza.
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.II.B)Objetivos dos milagres Como todos os dons, não devemos deixar de citar a edificação da igreja e a glória de Deus. Não podemos deixar de lembrar também que os dons de poder mostram a onipotência de Deus, e dentre estes dons, o dom de operação de milagres mostra claramente o poder deste Deus maravilhoso ( Jo 12.10-11).
Exemplos de milagres: A vara de Moisés transformada(Ex 4.1-5) , o azeite da viúva (I Rs 17.13-16 ), a transformação da água em vinho(Jo 2.7-11), ressurreição de Lázaro (Jo 11.39-44), a multiplicação dos pães(Mt 14.19-21), etc...
A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto!
O expelir demônios também é um exemplo de maravilha.
II.C)Os falsos milagres Hoje existem falsos milagres como no passado. Cuidado! Existem milagres forjados( Ex 7.11,12 ; II Tm 3.8-9 Janes e Jambres/ A “santa” que chorou, etc...)!
Características:
Não edificam, são contrários a Palavra de Deus, causam aprisionamento por parte de Satanás e causam confusão ( Mt 7.22,23 ; 24.24,25; II Ts 2.9; Ap 13.13; 16.14).
Conclusão Encerramos hoje a parte que trata dos dons de poder. Vimos que este grupo é formado pelos dons da fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas.
Aprendemos nesta aula que os propósitos da cura, o que são os dons de curar e os impedimentos para se receber a cura. Estudamos também sobre o dom de operação de milagres e a sua diferença em relação aos de curar. Vimos ainda o que são os milagres e os seus objetivos.
Na próxima aula estaremos estudando sobre o ultimo grupo de dons.
Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada/parte1
Texto: I Co12.10
Introdução:
A partir desta aula iniciaremos o estudo do último grupo de dons, a saber: os dons de expressão verbal inspirada. Estas expressões podem ser compreendidas (profecia), não compreendidas (línguas estranhas) ou interpretadas (interpretação de línguas), no entanto, sempre serão inspiradas por Deus (daí esse grupo ser chamado por alguns, apenas de dons de inspiração).
Estes dons mostram a onipresença de Deus.
I)O dom de profecia
Dom de profecia é a mensagem inspirada de maneira sobrenatural pelo Espírito Santo seja em forma de pregação, instrução, consolo ou exortação.
(Obs: A doutrina é diferente de instrução. Na doutrina o ensino é formal e na instrução o ensino é informal, prático).
Profecia: É a Palavra de Deus escrita ou falada Pv 29.18; II Pe 1.20,21; Ap 1.3; 19.10; 22.18,19. Em todos os sentidos, como Palavra de Deus, não deve fugir do cânon bíblico.
Profeta: Baseado no conceito de profecia, profeta é aquele que transmite a Palavra de Deus.
O profeta do novo testamento é diferente do profeta do antigo testamento, pois na nova aliança, toda mensagem deve estar conforme o cânon sagrado, nenhuma profecia poderá exceder os limites do cânon!
I.A) Os objetivos da profecia
Além de não fugir do que está escrito na Bíblia; a profecia não deverá fugir dos seus objetivos, a saber:
1- Edificação, exortação (encorajamento) e consolo I Co 14.3,12
2- Instrução I Co 14.19
Por existirem falsos profetas e profecias da carne e do Diabo, devemos compreender que as profecias devem ser analisadas At 17.10,11; I Co 14.29, entretanto, ao mesmo tempo, devemos ter o cuidado de não desprezar as mesmas I Ts 5.19-22; daí a importância de se conhecer a Palavra de Deus em sua totalidade e compreender os objetivos da profecia.
II.B) Verdades sobre o dom de profecia e a sua manifestação nas igrejas
1- O profeta não está possesso! Deus é maravilhoso! Ele não retira o raciocínio de ninguém e nem tão pouco expõe os seus servos ao ridículo. O Senhor jamais trará uma mensagem a igreja para confusão, ou para expor terceiros.
O profeta sabe muito bem o que está fazendo ( I Co 14.32,33).
Existem muitas meninices a respeito deste dom. Por ignorância, as pessoas crêem que realmente é Deus quem está falando, quando na realidade não é Deus! Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Deus quando me usa em profecia nem sei o que eu falei!”, ou então, aquelas pessoas que saem batendo o pé, rodando a baiana como se estivessem no terreiro, sobem na cadeira, enfim, fazem os gestos mais esquisitos possíveis e dizem que foi Deus que as tomou ou Deus quem mandou; causando não poucas vezes escândalos.
2- Como já mencionamos, devemos estar atentos a toda e qualquer profecia, sem que este dom seja desprezado, pois é fundamental para a igreja por se tratar da Palavra do Senhor (ITs 5.20,21).
3- O profeta precisa conhecer a Bíblia para que não fique confuso entre o que provém de si próprio e o que provém de Deus. Deve ainda pedir discernimento ao Senhor e sabedoria para falar.
4- O dom de profecia é superior ao de línguas I Co 14.5. É de se estranhar a ênfase exagerada que algumas igrejas dão ao dom de línguas, haja vista, que para edificação do corpo, é o menor dos dons.
Em contrapartida, o dom de profecia é o dom que mais deve ser procurado I Co 14.1, o motivo está no fato de que aquele que profetiza está falando a Palavra de Deus aos homens I Co 14.3, edificando a igreja I Co 14.4; além dos objetivos que já aprendemos.
5- O dom de profecia deve ser exercido com ordem e decência I Co 14.39,40.
Não se deve falar mais de um profeta ao mesmo tempo I Co 14.31,32 e no máximo dois ou três em uma reunião I Co 14.29,30 (mais um motivo de se evitar o excesso de oportunidades durante um culto). Isto não contradiz o v. 24, pois nele Paulo manifesta o desejo de que todos tenham o dom.
III) Como reconhecer um falso profeta?
Pelo fruto! Mt 7.15-20
IV) Conclusão:
Na aula de hoje começamos o estudo do último grupo de dons. Aprendemos sobre o dom de profecia, sua definição, objetivos e manifestação na igreja.
Estudaremos na próxima aula a respeito dos dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.
Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada /parte 2
Texto: I Co 12.10
Introdução:
Na aula anterior iniciamos o estudo do grupo de dons de expressão verbal inspirada e falamos sobre o dom de profecia. Hoje estaremos aprendendo sobre os dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.
Este estudo torna-se extremamente importante pelo fato da maior parte das igrejas ditas pentecostais fazerem uma grande “salada” com relação aos dons, principalmente o de línguas estranhas. Segundo afirmam, as línguas são um sinal de revestimento de poder, em outras palavras, somente é revestido de poder aqueles que falam em outras línguas; estes, conforme dizem, são mais capacitados do que os demais crentes para executarem a obra de Deus, sendo este dom requisito nestas igrejas (como, por exemplo, as Assembléias de Deus) para separação de diáconos e ministros em geral. Esquecem que o dom de línguas, no ponto de vista de unidade de corpo, é o menos importante de todos, esquecem ainda que nem todos possuirão este dom (de certo, será que Deus então não deseja capacitar a todos?), e também deixam de lado tudo o que a Bíblia ensina a respeito deste dom.I)O dom de línguas estranhas
É a capacidade sobrenatural dada pelo Espírito Santo para o crente falar em outras línguas desconhecidas pelo próprio locutor, sejam elas estrangeiras (At 2.3,4 e 8-11) ou divinas e angelicais (I Co 13.1).
IA-O que não é verdade sobre este dom
Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não selado com o Espírito Santo!
Na época apostólica, quando um rei ou uma autoridade enviava uma mensagem ou qualquer carta, para provar a sua autenticidade, colocava-se nesta mensagem uma marca que provaria a sua originalidade. Esta marca era feita por um anel chamado “anel de selar”; a mensagem selada era verdadeira, ou seja, o selo de propriedade do rei estava nela!Do mesmo modo o crente verdadeiro deve ter o selo da posse de Deus sobre a sua vida. O Espírito Santo é que nos dá a garantia de que somos de Deus, portanto, todo crente verdadeiro é selado por Deus, pois tem o Espírito Santo habitando em sua vida (II Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30).
Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não batizado com o Espírito Santo!
Ouvimos ainda a seguinte expressão em certas igrejas com relação ao dom de línguas, quando alguém começa a falar em línguas estranhas, dizem: “-Fulano foi batizado com o Espírito Santo” ou então: “-Fulano foi renovado”.O Batismo com o Espírito Santo e com fogo (que purifica de toda iniqüidade) acontece no momento da conversão. Não é a conversão! Porém ocorre no momento da conversão, pois se trata do derramar do Espírito no coração do crente em toda plenitude. No antigo testamento este Espírito era dado por medida, ele não vinha para habitar no coração do homem definitivamente. No dia de pentecostes, ele foi derramado pela primeira vez sobre os discípulos e então começou a existir a igreja, composta por todos aqueles que mergulharam nesta plenitude. Quem não é batizado com o Espírito Santo, não faz parte da igreja, daí vem o fato de que o Batismo ocorre no momento da salvação e não pode ser uma experiência à parte, pois caso isso fosse verdade, somente alguns que se entregaram a Jesus fariam parte do corpo de Cristo, que é a Igreja! Se o falar em línguas fosse sinal de Batismo com o Espírito, significaria que o raciocínio acima descrito estaria certo, ou seja, quem não fala em línguas estranhas não faz parte da igreja! Isto seria um absurdo! Paulo nos ensina que nem todos falam em outras línguas, ou seja, nem todos possuem este dom (I Co 12.28-31).
O fato da evidência do falar em outras línguas relacionado com o Batismo com o Espírito Santo em alguns casos no livro de Atos, está simplesmente na necessidade de se mostrar à igreja recém-nascida que o Espírito Santo foi dado a todo aquele que crer, independente de ser Judeu ou gentio, logo as línguas foram um sinal do derramar do Espírito Santo aos gentios, quebrando todas as tradições judaicas. Não faz parte do escopo doutrinário Paulino a necessidade de se falar em outras línguas para se provar que alguém tem ou não o Espírito de Deus.
Existem muitos outros equívocos quanto a este assunto, para tanto, recomendo uma revisão sobre o estudo O Batismo com o Espírito Santo.
II.B-A utilidade do dom de línguas estranhas
Já estudamos a definição deste dom, agora iremos aprender algumas verdades sobre a sua manifestação.
1º)Este dom não é de muita utilidade para a igreja reunida (I Co 14.6-12); este fato é devido ao que fala em línguas, falar com Deus e não com os homens (I Co 14.2); ninguém o entende e, portanto, não edifica a igreja (I Co 14.12). Paulo preferia falar cinco palavras inteligíveis, que dez mil em línguas estranhas dentro da igreja (I Co 14.19). Não entender isto é meninice (I Co 14.20)!
2º)As línguas são um sinal para os incrédulos e não para os crentes (I Co 14.22).
Quando este dom manifesta-se na presença de incrédulos, há uma evidência de que algo sobrenatural está acontecendo; se Deus não é glorificado, isto será para condenação deles, pois ouviram algo sobrenatural e não creram (sinal no sentido negativo da palavra; veja o exemplo da nação de Israel citado em I Co 14.21, aquela nação desobedeceu a Deus e foi levada ao cativeiro vivendo no meio de um povo estrangeiro, cuja língua não entendiam. Isto deveria ser para eles um sinal do agir de Deus, entretanto não havia arrependimento e então, seria este sinal para a condenação deles). Para o crente, as línguas mostram a presença de Deus.
No dia de Pentecostes, os incrédulos se escandalizavam com as línguas estranhas e zombavam ( At 2. 13 e I Co 14.23 ).
Ao contrário, a Palavra desobedecida trará condenação para os crentes! É um sinal de que Deus falou no meio deles e não creram!(I Co 14.22). A profecia visa trazer o ímpio ao arrependimento (I Co 14.24,25).
3º)Paulo não proibiu o falar em outras línguas (I Co 14. 5,18,19,26,39 e 40), ele apenas disse que preferia profetizar e que os crentes deveriam procurar a profecia(ver sobre a verdadeira profecia na aula anterior) primeiramente em relação ao dom de línguas estranhas ( Como podem alguns crentes ficar perturbando as pessoas para que falem em línguas, chegando até a forçar esta manifestação, não passando de obra da carne? ) .
4º)A importância das línguas estranhas para o crente está em que as mesmas edificam aquele que as falam (I Co 14.4); inclusive, aquele que recebeu do Senhor este dom deverá procurar exerce-lo preferencialmente nos momentos de intimidade com Deus em oração (I Co 14.15), sem, entretanto, esquecer que não deve o tempo inteiro orar em línguas estranhas, pois neste caso, o seu entendimento ficará sem fruto (I Co 14.14-17).
5º)Aquele que recebeu este dom deve pedir ao Senhor o de interpretação de línguas (I Co 14.13).
I.C-O dom de línguas estranhas na igreja
1º)Somente deverá ser usado para edificação, portanto, deverá haver intérprete (I Co 14.13,26-28).
2º)Não deverá atrapalhar o culto (I Co 14.27,33,39e40), deverá falar quando houver momento oportuno. Obs: O irmãozinho cisma de ficar falando em línguas na hora da pregação, atrapalhando o pregador da mensagem e desviando a atenção daquele que ouve.
Geralmente não são mensagens em línguas para a igreja e sim orações espirituais que nem sequer trarão algo para a igreja como um todo, mais apenas edificará aquele que ora.
Neste caso, quando o irmão se alegrar, ore em línguas em silêncio, ou baixinho, para não desviar a atenção dos demais (I Co 14.28).
Dentre os momentos mais propícios para se orar em línguas mais à vontade, estão os cultos de vigílias, nos períodos de louvor e oração. Outro bom instante está nos cultos de oração, entretanto deve-se tomar o cuidado de discernir se alguém tem uma mensagem para a igreja que necessita ser interpretada.
II) O dom de interpretação de línguas
É a capacidade dada pelo Espírito de interpretar as línguas estranhas (I Co 12.10). Vejam bem, não se trata de uma simples interpretação, mais de algo que foge ao intelecto humano.Diferente da interpretação aprendida em uma escola; é proveniente do Espírito Santo!
Para o termo variedade de línguas, o grego traz “geneglosson”, se referindo ao dom de falar em línguas nunca dantes aprendidas pelo locutor.
Obs: Glossolalia=falar em línguas (glossa-língua ou linguagem+ lalia-fala); Genos= tipos ou variedades.
Se no dom de variedades de línguas, as línguas nunca foram aprendidas pelo locutor, na interpretação ocorre o mesmo, é algo sobrenatural!
II.A)Observações sobre este dom
1)Este dom é necessário ao que fala em outras línguas ( I Co 14.12,13,27e28), portanto deve ser pedido para edificação da igreja.
2)Ele pode ser concedido também a outra pessoa, não necessariamente ao que possui o dom de variedade de línguas ( I Co 12.10,26).
3)Nem todos possuem este dom ( I Co 12.30,26)
4)Deve seguir as mesmas ordens com relação a decência existentes nos outros dons (quando há interpretação de línguas, estas se tornam mensagens proféticas para igreja, daí a necessidade de ordem e decência)
Conclusão:
Encerramos nesta aula o estudo do terceiro e último grupo dos dons encontrados em I Co 12.8-10.
Aprendemos sobre o dom de línguas estranhas, a sua definição, verdades e mentiras sobre este dom e também como ele deve ser exercido na igreja local. Vimos ainda a respeito do dom de interpretação de línguas, sua definição e observações a respeito dele.
ENCERRAMENTO DO ESTUDO SOBRE OS DONS DO ESPÍRITO SANTO.
Considerações finais:
Espero que você tenha compreendido a importância dos dons na vida do crente e a sua atuação na vida cristã, bem como a importância dos mesmos para a igreja local e a sua manifestação nos cultos.
Quando Paulo escreveu I Co 12, a ênfase não era para os dons em si, mais a unidade do corpo de cristo; a importância mútua dos membros e a dependência uns dos outros. O apóstolo não quis trazer uma lista exaustiva dos dons, pois eles são infinitos no sentido da palavra.O capítulo 12 está inserido em um contexto da epístola inteira, e continua precisamente nos capítulos 13 e 14 do mesmo livro, entre os capítulos 12 e 14 está o 13 que fala da supremacia do amor, entretanto a importância deste estudo está nos fatos de que Deus deseja que amadureçamos, compreendamos a sua Palavra e não sejamos mais meninos, tal como os crentes de Corinto por muitas vezes pareciam.
Deus abençoe a todos!
Fonte: http://www.igrejasementedavida.com.br/docs/dons/aula07.html
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