Batistas são presos nos EUA por pregação em frente a Casa Branca
Grupo de membros da Igreja Batista
do Sul de Buena Park, Califórnia, viajou até a capital Washington para
participar do Dia Nacional de Oração, celebrado nos EUA.
Quando o ativista chinês
Chen Guangcheng fugiu da prisão domiciliar algumas semanas atrás, e chegou até a
embaixada americana, a maior parte da imprensa mundial noticiou que a façanha
era incrível por ele ser cego. Pouca, ou nenhuma atenção foi dada ao fato de que
os motivos de sua prisão foram ele ser um ativista contra os abortos feitos pelo
governo e declarar-se cristão.
Na última quinta-feira, um
grupo de membros da Igreja Batista do Sul de Buena Park, Califórnia, viajou até
a capital Washington. Seu objetivo era participar do Dia Nacional de Oração,
celebrado nos EUA, bem como participar da Conferência de Oração mensal do
Congresso norte-americano.
No dia seguinte, eles
separaram um momento especial de intercessão pela vida de Chen, que agora busca
sair da China por meios legais. Mas acabaram sendo presos por
isso.
O pastor Wiley Drake, que liderava
o grupo afirmou durante uma entrevista por telefone no sábado: “Vamos voltar a
Washington. Eu vou voltar para a Casa Branca e orar ali
novamente”.
Drake disse que ele, o
pastor Pat Mahoney e três mulheres de sua igreja estavam ajoelhados ao lado da
cerca do jardim da Casa Branca, orando, quando agentes de segurança
chegaram.
Eles os interromperam e
disseram que deveriam sair, pois não era permitido ficarem naquele local. Mesmo
dizendo que estavam ali para orar, Drake, Mahoney, Gwyn Epeppard, 56, Tina
Whittington, 37, e Sarah Maher, 23, foram presos.
“Nosso sentimento é que, em
comparação ao que Chen Guangcheng sofreu na cadeia… o que fizemos foi o mínimo
comparado ao sacrifício dele”, disse Drake. Ele diz esperar que o presidente
Barack Obama e a Secretária de Estado, Hillary Clinton, concedam asilo político
a Guangcheng.
Mesmo tendo ficado algumas
horas preso, Drake insiste: “Nós não acreditamos ter violado qualquer lei”. O
caso de Chen segue sem uma resposta final. Ele foi levado ao Hospital Chaoyang
em Pequim, para o tratamento de uma lesão sofrida no pé durante sua fuga, onde
permanece internado.
Inicialmente, ele dizia que
desejava permanecer na China para estudar Direito, e um acordo entre Washington
e Pequim levou à sua liberação. Porém, depois de ser internado em um hospital,
ele mudou de ideia, dizendo-se ameaçado, e passou a solicitar autorização para
se radicar nos EUA, onde também tem convite para estudar.
Data: 9/5/2012 09:13:09Fonte: Ocregister.
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