terça-feira, 31 de maio de 2011

O SEGREDO DE UMA IGREJA QUE AMA


Preletor: Rick Warren

Quando uma igreja oferece amor aos que são recebidos

     Uma das razões para o crescimento da Igreja de Saddleback é que eles mantiveram uma atmosfera de harmonia. Quando a igreja ama atrai as pessoas como imã. Quando uma igreja realmente oferece amor uns aos outros e àqueles que são bem recebidos, faltará espaço para acomodar todas as pessoas dentro da igreja!


     Na segunda parte de Romanos 14, Paulo fala que edificar uns aos outros é o segredo para construir uma Igreja que ama. Ele diz que não é suficiente apenas aceitar – ou tolerar – as pessoas com quem você não se dá bem na igreja. Ao invés disso, diz que temos que, ativamente, edificarmos uns aos outros.


     Romanos 14.19 diz, "Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua." Paulo fala que devemos nos concentrar em duas coisas:
(1) o que faz a harmonia e (2) o que ajuda a igreja a crescer.
Então devemos sempre ter como alvo aquelas coisas que trazem paz e saúde, que fortalece uns aos outros.


     De acordo com Paulo, havia 3 coisas que causava conflito na igreja em Roma: comida, os dias e bebidas. Mas o princípio que Paulo estabelece em Romanos 14 transcende estes 3 exemplos.


     Paulo nos dá 5 formas de como devemos edificar uns aos outros:


     1 - Através de nos comprometermos a edificar uns aos outros.


     Todos nós precisamos aprender com as instruções de Paulo em Romanos 14. O cristão mais forte precisa crescer em amor e o cristão mais fraco precisa crescer em conhecimento. Agora, quando Paulo fala de cristão fraco, ele está falando sobre os cristãos legalistas que, ao invés de ver o relacionamento com Cristo como elemento chave, ele vê as regras, regulamentos e rituais como chave para a vida cristã. Cristãos legalistas precisam crescer em conhecimento da graça de Deus. Por outro lado, cristãos que dizem: “Eu não estou ligado às regras e regulamentos” precisam crescer em amor, possivelmente limitando algumas coisas que eles fazem em benefício daqueles que podem estar ofendidos.


     Paulo nos instrui a fazer de “edificar” uns aos outros nosso objetivo. A vida é difícil e já existem pessoas para desencorajar o suficiente no mundo. Precisamos de um grupo – um exército – de encorajadores. Você pode imaginar se um pequeno grupo de líderes se comprometerem a edificar todas as pessoas com quem eles entrarem em contato? E se apenas 5 pessoas em sua igreja começarem a escrever cartas – uma pequena carta por semana – dizendo: “Eu aprecio você”, e enviá-las para os outros em sua igreja. Que tipo de impacto moral isso teria em sua igreja?


     2 - Através de reconhecer o valor de cada pessoa.


     “Por causa da comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu.” (Romanos 14.15b).


     Quando você começa a se aborrecer com alguém em sua área de ministério, apenas lembre-se: Cristo morreu por aquela pessoa. Eles podem até ser detestáveis, podem ser imaturos, desagradáveis, mas Cristo morreu por eles. Isto mostra o quanto são valiosos e importantes para Deus. Que direito eu tenho de machucar pessoas pelas quais Cristo morreu?


     3 - Através de mantermos o nosso foco naquilo que é realmente importante.


     “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.” (Rm 14.17-18)


     Paulo está dizendo que comida e bebida não são os assuntos mais importantes da vida. Através de focar as coisas que são importantes para a eternidade, podemos suportar muitas idéias diferentes, falhas e outras tolices sociais. Paulo está fazendo um pedido: Não seja desviado por assuntos pequenos.


     Quando o mundo olha para um Cristão, eles têm que ser capazes que ver retidão, paz e alegria que fluem do Espírito Santo naquele cristão. Um grande pregador, Vance Havner, uma vez disse: “Você pode ser reto como uma bala que sai do cano de um revólver, doutrinariamente, mas ser vazio espiritualmente.” Você pode evitar isto se concentrando naquilo que realmente é importante.


     4 - Através de limitar nossa liberdade em amor uns pelos outros


     “Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair.” (Rm 14.20-21). Quando minha liberdade limita o trabalho de Deus, então tenho um problema. Tenho que ser sensível em como minha liberdade pode, potencialmente, fazer um irmão mais fraco tropeçar.


     Quando Deus me chamou para o ministério, eu tinha cabelos longos. Então fui convidado a ir a Bakersfield –- uma área conservadora da Califórnia –- para fazer uma cruzada evangelística na cidade. Quando enviei a eles minha foto, o comitê responsável quis cancelar a cruzada. Eles ficaram preocupados achando que meus cabelos longos encorajariam os jovens a deixarem seus cabelos crescerem também, entrando em contradição direta com o que os adultos estavam ensinando.


     O que fiz? Não levei nem um minuto para decidir: cortei meus cabelos.
Embora tivesse todo o direito de usar meus cabelos em qualquer tamanho que quisesse, limitei minha liberdade para que pudesse ministrar aos outros. Eu não me limitei de forma legalista. Eu o fiz porque queria ministrar as pessoas que talvez não fossem maduras o suficiente para aceitarem formas diferentes de se vestir. As almas das pessoas são muito mais importantes do que a minha liberdade.


     5 - Através de não forçar minha opinião nos outros.


     Enquanto for o pastor sênior de Saddleback, não faremos dos assuntos discutíveis um teste para a comunhão. Nós não diremos, a respeito destas questões, “Creia como eu creio, pense como eu penso, faça como eu faço – seja como eu! Somente, então, poderei ter comunhão com você.”


     Romanos 14.22 diz: “Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova.” Paulo diz, sobre estas questões discutíveis, mantenha-as entre você e o Senhor. Você pode praticar sua liberdade sem manifestá-la.


     Enquanto você precisa tomar cuidado com pessoas que possam ser ofendidas por “pedras de tropeço” legítimas, alguns legalistas ficarão aborrecidos não importando o que faça. Você nunca será capaz de agradá-los. Neste ponto, Paulo fala: “Façam todo o possível para viver em paz com todos” (Romanos 12.18). O que precisa fazer é permitir que o Espírito Santo o ajude a discernir quando você está lidando com pedras de tropeço legítimas e quando está lidando com um cristão que é simplesmente difícil de agradar.


     O resultado da edificação mútua é um espírito de unidade que glorifica a Deus: “... para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Deus é glorificado porque a unidade traz glória a Deus. É um testemunho muito ruim para o mundo quando os cristãos estão divididos. Quando os cristãos estão unidos, o testemunho é lindo.


     Romanos 15.13 fala que uma igreja unidade é marcada pela alegria, paz, esperança e poder: “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”


     Este é o tipo de igreja da qual quero fazer parte. Saddleback não é uma igreja perfeita, mas é uma igreja saudável –- e está crescendo em alegria, paz, esperança e poder.

Data: 27/5/2011 10:10:47

fonte: http://www.creio.com.br/2008/mensagens01.asp?noticia=781

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