Quando escolhemos caminhar com JESUS, O declarando como nosso único, exclusivo e suficiente SENHOR e Salvador, reconhecemos a conversão do nosso coração a DEUS. Porém, junto com a conversão do coração, alguns outros pontos da vida também precisam ser mudados e convergidos a DEUS de igual forma. Além do coração, precisamos ter convertidos a mente, as mãos, a boca, os olhos, e acreditem se quiser, o “bolso”.
Para a grande maioria, a conversão do bolso é a parte mais difícil de todo o processo de transformação da vida. Há pessoas que rapidamente entregam o “bolso” aos cuidados de JESUS. Há pessoas que relutam um pouco, mas que entregam ao longo da vida. Mas há pessoas que morrerão sem ter experimentado o desapego ao material, as maiores alegrias que existem em dar do que em se receber, a devoção a DEUS representada pela devolução de dízimos como sinal de obediência e gratidão, além das experiências sobrenaturais de provisão financeira que aparecem milagrosamente no último minuto da prorrogação (ou quem sabe ainda na decisão por penalidades).
Quando falamos sobre o dinheiro tendo o respaldo da bíblia, as pessoas têm uma tendência a manterem-se na defensiva. Quando falamos de dízimos então, parece que estamos falando a um gato acuado. Quando dizemos que aquele que dá é mais feliz do que aquele que recebe, esse gato então se torna arisco, com os pêlos todos arrepiados e com o rabo todo espanado. Oramos para que todos nós nos desarmemos, arrancando os pré-conceitos que o mundo plantou na nossa mente. Nosso coração precisa estar sempre aberto para as mudanças que DEUS deseja realizar, inclusive quando essas mudanças referem-se às nossas finanças.
Não pense que somente palavras como “salvação”, “oração” e “jejum” são assuntos espirituais, e que a palavra “dinheiro” é um termo exclusivo do mundo secular. Muito pelo contrário, pois para o cristão, lidar com o dinheiro, requer santidade, intimidade e direção espiritual dada por DEUS. Agindo assim, evitam-se uma série de problemas como, por exemplo, a avareza, a ganância, o egoísmo, o roubo, a idolatria, as disputas judiciais, entre tantos outros assuntos que afastam o homem de DEUS.
Um dos assuntos mais difíceis e complicados dentro do cristianismo é justamente o que aborda o dinheiro. Muito dessa dificuldade se deve à pelo menos dois fatores inerentes ao ser humano:
1 - A tendência de amar as riquezas e depender dela.
2 - A resistência e coração duro aos ensinamentos de JESUS acerca das finanças.
Seu objetivo de vida não é o de ganhar dinheiro. Você pode ter até um chamado específico em lidar com o dinheiro, mas isso não significa que você vai viver em função dele, muito menos tê-lo como meta de vida. Certamente, tendo o dom da pobreza ou o dom de adquirir riqueza, seu objetivo de vida será o de alcançar um outro tipo de riqueza, de valor muito mais supremo e incalculável.
“Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com CRISTO – pela graça sois salvos – e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS , para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em CRISTO JESUS. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 4-9)
A redenção é para aquele que crê, e não para aquele que tem ou é alguma coisa no mundo. A condição exigida por DEUS para se chegar à salvação não é a de se ter patrimônios e rendas. A condição para salvação é exatamente a mesma, tanto ao rico, quanto ao pobre.
O mundo de hoje é materialista e consumista. A realidade atual nos mostra que as pessoas são medidas por aquilo que elas têm, e não por aquilo que elas são. A análise do exterior vale muito mais que a do interior, o desempenho vale mais que o caráter, e os fins justificam e valem mais do que os meios. E é justamente essa realidade do mundo que jamais pode encontrar espaços nas igrejas.
Fama, status, poder, influência e bens jamais podem ser os nossos sonhos de consumo. Ao invés de tudo isso, aos olhos do Criador, os verdadeiros sonhos de consumo devem ser a intimidade com DEUS e a salvação eterna que há somente em JESUS CRISTO.
A essência de nossa existência é conhecer de verdade a DEUS, voltar aos Seus braços e a partir de então, apresentá-Lo ao mundo. E todas as demais coisas da nossa vida devem ser tidas como conseqüências disso. De nada adiantará ter tido uma vida de riqueza ou até mesmo de pobreza, se ao final dela não termos encontrado a suprema riqueza da Sua graça.
É bem verdade que o dinheiro compra muitas coisas. Porém há coisas que a prata e ouro não conseguem comprar. A prata e o ouro possuem valores terrenos e temporais, sendo estimadas pela humanidade. Porém, neles, há um poder de corruptibilidade muito perigoso e nocivo.
Quando o apóstolo Pedro escreveu que fomos “resgatados”, ele estava dizendo, entre outras coisas, que um preço havia sido pago para se comprar e adquirir algo. E nesse caso, essa moeda teve um valor infinitamente maior que qualquer dinheiro. Para ser mais exato, foi pago um valor imensurável que nem todo o dinheiro do mundo, mesmo sendo acumulado, poderia se igualar ao valor da oferta de sangue derramada na cruz.
Nos tempos bíblicos, a prata e o ouro poderiam até resgatar uma pessoa de uma condição de escravidão física, mas jamais de uma escravidão espiritual. Certamente quando Pedro escrevia esse texto, ele tinha como base a sua carta de alforria espiritual. Se você acha que já viu ou conhece algumas jóias preciosas, ou ainda conhece pessoas que sejam milionárias ou bilionárias, é porque ainda não viu o que realmente existe de mais precioso em termos de moeda ou riqueza: o sangue de JESUS.
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de CRISTO.” (1 Pedro 1: 18 e 19)
Mas, ainda assim, não há qualquer engano em trabalhar e crescer financeiramente, e quando isso acontece, o nível de dependência deve crescer também: aos olhos carnais, quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais independente ela se torna; já aos olhos espirituais essa relação muda, pois quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais difícil é manter sua dependência de DEUS, caso contrário ela certamente sucumbirá aos enganos da vida.
As riquezas, na vida do cristão, podem sim ser consideradas como uma benção de DEUS, desde que atendam uma série de requisitos que veremos nas páginas adiante, pois os seus olhos e o seu coração dirão se o dinheiro representa um perigo ou uma benção em sua vida.
“A bênção do SENHOR enriquece, e com ela não traz desgosto.” (Provérbios 10: 22)
O objetivo final em se ter uma área financeira saudável, de ofertar, de entregar o dízimo e tudo o mais que se relacione com o dinheiro, é a salvação das almas. Não há nenhum sentido prosperar financeiramente sem ter como objetivo final a salvação de vidas. Não há nenhum sentido orar para que as igrejas sejam prósperas financeiramente se o objetivo final não for o de alcançar as almas perdidas e fornecer alimento às pessoas, quer espiritual, quer material. Não há nenhum sentido orar para que DEUS traga recursos financeiros aos seus servos se o objetivo final não for o de repartir e o de dar, mesmo porque quanto mais alguém dá, mais este recebe de DEUS.
Perder essa essência, significa sair da visão e do centro da vontade de DEUS quando o assunto é o envio de recursos financeiros para as igrejas e para a vida de cada um.
Não estamos dizendo que os recursos não possam ser usados e revertidos na própria vida. Muito pelo contrário, pois a mesma bíblia diz que digno é o trabalhador de seu salário.
“Pois a escritura declara: não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: o trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5: 18)
Quando o dinheiro é aplicado sobre a própria vida de uma maneira correta e saudável, ele traz consigo benefícios que facilitam a vida, como por exemplo, alimentação, vestuário, moradia, educação de qualidade, momentos de lazer em família, etc.
E ainda que o resultado final seja a salvação das almas, a vida pessoal não pode se limitar a isso: receber JESUS como Salvador, freqüentar uma igreja e se programar para ir ao céu. Além disso, como embaixadores de CRISTO na terra (2 Coríntios 5: 20 a ), precisamos trazer o Reino de DEUS para cá. Quando oramos para que venha a nós o Reino Dele (Mateus 6: 9 e 10), não estamos nos referindo somente a salvação, mas também aos diversos princípios espirituais que cercam a nossa existência, entre elas as questões financeiras. É de extremo valor aplicar, no dia a dia, os princípios bíblicos do Reino sobre as finanças.
As leis espirituais regem todo o universo de igual forma e são as mesmas para homens, mulheres, anjos, demônios e satanás. Essas leis valem para todos, sendo elas imutáveis. As finanças possuem suas respectivas leis espirituais que abordaremos no decorrer desse estudo. Portanto, essas leis nos indicam a forma que temos que lidar com a área financeira, e entre outras coisas, tem-se os seguintes pontos: administrar os recursos dados por DEUS, atravessar os desertos financeiros, aprender com esses desertos, ter desapego ao material, não amar o dinheiro, dar sem esperar receber nada em troca, ser próspero, planejar as finanças pensando no Reino e na família, ter o real entendimento do propósito do dinheiro, ter o real entendimento da ausência do dinheiro, ser suprido em todas as coisas, e finalmente, ser abençoado por DEUS.
Atualmente, quando pensamos em dinheiro, associamos a um papel chamado cédula, que por sua vez possui uma capacidade de adquirir algo, sejam serviços, ou bens móvel-imóveis, ou um alimento, ou uma viagem, etc. Isso nos faz entender que o dinheiro faz parte da nossa vida, e mais do que isso, da realidade do nosso dia a dia.
Com todo esse contexto, para se viver nesse mundo, o dinheiro é importante sim, e ele está diretamente relacionado a todos os setores da vida, inclusive o setor eclesiástico. Se não fosse assim, de que maneira as igrejas pagariam suas despesas? Portanto, é um engano o cristão desprezar essa realidade. O importante e fundamental para ser ter uma vida ajustada em DEUS, é saber colocar o dinheiro no seu devido lugar – longe do coração.
A aliança de DEUS com seu povo abrange vários segmentos da vida. E Ele atrelou a abundância financeira à condição de obediência. Isso significa dizer que as conquistas materiais devem estar totalmente interligadas com as questões espirituais. Crescimento material é apenas umas das possíveis conseqüências de um crescimento espiritual.
Nas páginas a seguir, abordaremos diversos assuntos que mesclam finanças com espiritualidade. Qual deve ser a nossa postura ante o dinheiro e também qual deve ser a postura dele diante de nós? Deixe que ele trabalhe e nos sirva, e jamais o contrário. Você se considera uma pessoa próspera? Saiba que você pode ter muito dinheiro e ainda assim não ser próspera, ou não ter lá muitos recursos, mas, diante de DEUS, ser próspero. Ou quem sabe tanto ser rico quanto ser próspero. O que será que a bíblia diz sobre prosperidade?
Não tenha o dinheiro como sua motivação. Oramos para que DEUS derrame todas as promessas sobre a sua vida, por encontrar em você um coração apto para recebê-las, não fazendo delas o seu deus. No dia a dia nos deparamos com uma série de situações que envolvem o dinheiro. DEUS quer que Seu povo saiba administrar e planejar os recursos, sem negligenciar conceitos totalmente espirituais como primícias, dízimos, ofertas e semeadura e colheita.
“Bendito o que vem em nome do SENHOR. A vós outros da Casa do SENHOR, nós vos abençoamos”. (Salmo 118: 26)
A proposta está feita! A escolha está em nossas mãos! Bem ou mal, vida ou morte, bênção ou maldição. Que escolhamos a vida e a bênção, para que sejamos sempre chamados como aqueles que são benditos, e que sempre virão representando o nome do SENHOR.
“O SENHOR, teu DEUS, te dará abundância em toda obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra e te beneficiará; porquanto o SENHOR tornará a exultar em ti, para te fazer bem, como exultou em teus pais; se deres ouvidos à voz do SENHOR, teu DEUS, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se te converteres ao SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração e de toda a tua alma. Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. (...) Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem,
a morte e o mal; (...) Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; (...) Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o SENHOR, teu DEUS, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a Ele (...)”.(Deuteronômio 30: 9-20)
Editado/Publicado: Shizuo
Muito interessante!Creio que o cristão em relação ao dinheiro deva ter uma postura inteligente e bem direcionada, ou seja, tratar o dinheiro como é: troca por bens e benificios a vida material.Vivemos um pragmatismo moderno elaborado por praxes pastorais que conota fé com aquilo que acrescenta ou altera nossas condiçoes internas, seja realização pessoal, paz interior, entre outros.Caso isso não ocorra, a pessoa sente-se afligida e fragil achando que Deus não quis abençoa-la.Ora, Deus não quer isso.Podemos tratar a questão financeira , dividindo-a em duas natureza distintas: vida material e vida espiritual. As duas não se mesclam apenas complementam-se.
ResponderExcluir