LIDERANÇA
TOMADA DE DECISÕES
A todo instante estamos envolvidos em decisões Por: Altair Germano | |
Em
nossas vidas, a todo instante, estamos envolvidos em decisões. Questões
pessoais, familiares, acadêmicas, profissionais e outras, fazem parte
desta realidade.
Conforme Chiavenato (1999, p. 283)
A
decisão ocorre sempre quando nos deparamos com cursos alternativos de
comportamento, ou seja, quando podemos fazer algo de duas ou mais formas
diferentes. Essa encruzilhada de alternativas conduz à decisão. Quando
só existe uma única maneira para fazer as coisas, não há decisão a
tomar. Assim, decisão é a escolha gente a várias alternativas de ação.
Decisão envolve sempre opção de escolha.
Todas
as pessoas que ocupam cargos de liderança vivem envolvidas em tomadas
de decisões. Um grande volume de recursos financeiros são gastos em
reuniões e análises de dados objetivando a melhor escolha ou alternativa
possível. O erro é sempre uma possibilidade.
Dessa
forma, surge o seguinte problema: “Como devemos proceder para tomar
decisões corretas?” Rush (2005, p. 103) afirma categoricamente “A Bíblia
nos dá a resposta”. Em Salmos 25:12 ela diz “Ao homem que teme ao
Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher.”
O
caminho mental que o administrador utiliza para chegar a uma decisão é
chamado de processo decisorial (CHIAVENATO, 1999, p. 287). Ele
classifica em seis etapas este processo. São elas:
- Identificar a situação.
Este primeiro estágio procura mapear a situação. Três aspectos são aqui
apresentados; definição do problema; diagnóstico das causas e
identificação dos objetivos da decisão.
- Obter informação sobre a situação.
Neste estágio, o administrador ouve as pessoas, pede relatórios,
observa pessoalmente, lê sobre o assunto, verifica antecedentes e fatos
passados.
- Gerar soluções ou cursos alternativos de ação. As
decisões programadas facilitam a criação de alternativas. Quanto melhor
o número de alternativas desenvolvidas, melhor. A avaliação ou
verificação da viabilidade das alternativas propostas não fazem parte
deste estágio.
- Avaliar as alternativas e escolher a solução ou curso de ação preferido. Num processo comum, as alternativas são avaliadas e comparadas, a fim de se buscar a mais propícia à solução.
- Transformar a solução ou curso de ação escolhido em ação efetiva. A
solução escolhida é aqui implementada. Implementar uma decisão envolve
vários fatores, como por exemplo, a aquisição de recursos, elaboração de
orçamentos, planos de ações, delegação de responsabilidades, relatórios
de progresso são essências nesta etapa.
- Avaliar os resultados obtidos. Tal
avaliação ocorre quando as seguintes questões são respondidas: O que
aconteceu internamente e externamente como resultado das decisões? As
expectativas foram alcançadas? O problema foi resolvido parcialmente,
definitivamente ou se agravou?
No
caso de líderes cristãos, tal processo é diferenciado, pois deve levar
em alta e primordial consideração a vontade de Deus. Para Rush (2005, p.
104-107, conhecer tal vontade envolve o seguinte processo:
- Assumir o compromisso de realizá-la (Romanos 12: 1-2)
- Reconhecer que Deus tem um plano específico para o indivíduo e para a sua instituição ou empresa (Jeremias 29:11)
- Deus nos revela sua vontade produzindo em nós o desejo de realizá-la (Filipenses 2:13; Salmo 37:4)
- Se um desejo nosso for proveniente da vontade de Deus, sentiremos paz e teremos os meios para realizá-lo (Isaías 26:3)
O processo decisorial segundo Rush (idem, p. 108-111), envolve cinco passos bíblicos:
- Avaliar corretamente a situação ou problema.
Tal princípio é ilustrado pelo episódio em que Moisés enviou os doze
espiões a Canaã (Números 13:1-20). Em razão de avaliar a situação por
uma perspectiva equivocada, a maiorias dos espias concluíram que não
seria possível conquistar a terra, mesmo tendo Deus já falado que a
daria ao povo de Israel. A perspectiva humana não deve nunca sobrepujar a
de Deus.
- Reunir e analisar os fatos. “Qualquer
empreendimento é feito com planos sábios, torna-se forte com o bom
senso, e dá resultados maravilhosos por estar em dia com os fatos.”
(Provérbios 24:3-4, Salmos e provérbios Vivos). A Bíblia orienta e
aprova a reunião e análise dos fatos, dentro um processo decisorial.
“Se você se apressa em dar sua opinião, antes de ouvir os fatos, está
mostrando que é um tolo. Você deveria se envergonhar!” (Provérbios
18:13, A Bíblia Viva). A análise dos fatos deve ser orientada
pelas seguintes questões: O que a Bíblia diz sobre este assunto (Josué
1:8)? Quando oro, que orientações Deus me dá (Jeremias 33:3)? Estou
comprometido em fazer a vontade de Deus no tocante a esta situação
(Romanos 12:1-2)? De onde procedem meus interesses e desejos relativos a
esta situação (Salmos 37.4)? Que tipo de aconselhamento tenho pedido
aos outros acerca desta situação (Provérbios 11:14)? Nesta situação, o
que as condições e as circunstâncias revelam (Provérbios 24:3-4)?
- Encontrar alternativas. Criar
alternativas é algo que conduz o líder no processo de avaliação dos
dados e fatos, possibilitando dessa forma a reflexão sobre as várias
opções de ação (Provérbios 19:2).
- Avaliar os prós e os contras de cada alternativa.
Quais os pontos fortes e fracos das alternativas propostas? Aqui se dá o
processo eliminatório de algumas alternativas. A importância de
avaliarmos nossas alternativas pode ser percebida no texto de Lucas
14:31-32: “Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se
assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o
que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda
longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz”.
- Escolher uma das alternativas aprovada. É
o passo mais difícil de ser dado. O medo de não ter feito a escolha
certa, faz com que muitos lideram temam a tomada final da decisão. Para
os tais, que seguiram os passos aqui expostos, fica a exortação bíblica:
“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as
minhas vistas, te darei conselho”. (Salmos 32.80).
Os fatores que compões o clima da tomada de decisões precisam ser também considerados. São eles:
- A necessidade de ação
- O declínio gradual das condições, caso a ação seja protelada
- A insuficiência de dados
- O fator de risco
- As consequências de um possível fracasso
- As recompensas pelo sucesso
- A existência de mais de uma solução viável
Tomar
decisões não implica na resolução automática e imediata do problema. É
preciso entender que os problemas em geral, podem ser resolvidos num
período de tempo relativamente curto, desde que as condições ou fatores
circunstanciais sejam favoráveis. Neste caso, por vezes, a mudança nas
condições implica na necessidade de um período de tempo considerável.
Por
fim, é preciso salientar que o líder ou administrador cristão eficaz é
aquele que ajuda os que estão sob o seu comando a tomar decisões, ao
mesmo tempo em que os envolve e os permitem participar das suas.
Data: 11/6/2012 08:50:36Fonte: creio
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