quarta-feira, 23 de março de 2011

O que é Prosperidade?



Prosperidade é a ausência de necessidade.
Ser próspero é também estar satisfeito com aquilo que se tem, seja qual for a quantidade ou o que. Se uma pessoa pobre estiver plenamente satisfeita e suprida de suas necessidades, podemos considerá-la próspera, pois ela não sente falta de nada. E
é justamente isso o grande desafio nesse mundo.

Ser próspero não significa ser rico.

Crescemos com uma idéia formada de que ser próspero é ser rico, mas prosperar não é a mesma coisa que enriquecer. DEUS quer que todos os seus filhos sejam prósperos, mas nem todos irão enriquecer. Uma pessoa pode até ser rica, porém não ser próspera. Isso acontece quando as necessidades delas não são supridas.
Fatalmente essa pessoa ainda não conheceu JESUS de verdade, aquele que supre todas as necessidades, materiais e emocionais. Prosperidade financeira não significa acúmulo de bens materiais.
Já quando falamos em termos financeiros, a prosperidade é a capacidade de aumentar ou melhorar o patrimônio que se possui. Essa prosperidade financeira é o resultado da união de alguns fatores: a nossa boa administração e planejamento, a nossa fidelidade, ambos aliado com a fidelidade de DEUS.

Não perca tempo correndo atrás do dinheiro.

DEUS não prometeu que todos serão ricos. Ele prometeu que todos nós seremos prósperos, o que é bem diferente. E se DEUS quiser nos enriquecer, e quando isso acontecer, não poderemos de forma alguma colocar nelas o nosso coração. A bíblia não condena o dinheiro, mas condena a confiança nele.

“Se as vossas riquezas prosperam não ponhais nelas o coração” (Salmo 62: 10 b)

Salomão, o homem mais sábio e rico que já existiu em Israel, disse ao final de sua vida, que o dinheiro não traz felicidade e que tudo o que ele viveu foi vaidade.

“Empreendi grandes obras, edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz jardins e pomares para mim, e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz pra mim açudes pra regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
Comprei servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros de reis e de províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres. Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. Tudo quanto desejaram meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, isso era a recompensa de todas elas. Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nem um proveito havia debaixo do sol.” (Eclesiastes 2: 4-11)

Isso porque sua receita anual era de cerca de 25 milhões de dólares, tinha 40
mil animais, e morava em um palácio recheado de utensílios de ouro que demorou
treze anos para ser construído. Deve ter algum fundo de verdade nessa conclusão de
Salomão, não é verdade?

“Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade.“ (Eclesiastes 5: 10)

Salomão nos ensinou que nossa vida não se limita ao trabalho e à prosperidade financeira. Quem age em busca de conquista material corre atrás do vento.

“Então vi que todo trabalho, e toda destreza de obras, provém da inveja do homem contra o seu próximo. Também isso é vaidade e correr atrás do vento.” (Eclesiastes 4: 4)


A mensagem do evangelho não é a prosperidade.

Cremos que poucas pessoas – dissemos poucas pessoas – foram chamadas por DEUS para serem ricas. Caso contrário, nós veríamos pessoas se convertendo ao evangelho de JESUS simplesmente para se tornarem ricas. Se fosse assim, faltariam igrejas para comportar tanta gente.

E o evangelho autêntico tem como base de pregação a salvação pela cruz, e não a prosperidade financeira e o enriquecimento. É nítida a importância de se ensinar conceitos financeiros bíblicos, mas isso nunca poderá ser o objetivo final de vida.

Um milionário homem de DEUS é alguém chamado por DEUS para ser um mantenedor da obra, e isso sim ou sim. Se você possui esse chamado empresarial, jamais se esqueça de que tudo que você tem veio das mãos de DEUS, e por isso, deve ser conduzido sob orientação do Alto.

A prosperidade segundo a Bíblia.

No hebraico, encontramos quatro significados para a palavra “prosperidade”. A primeira palavra é “shalu”, que é traduzida como “descanso, paz, tranqüilidade”. Esse conceito aparece, como exemplo, no salmo de Davi quando ele ora pela paz sobre Jerusalém.
“Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro em teus muros, e prosperidade nos teus palácios.” (Salmo 122: 6 e 7)

A segunda palavra é “sekel”, que pode ser traduzida como “ser sábio, entendido, capacitado”. Essa idéia é exemplificada quando Davi instrui seu filho Salomão sobre os preparativos para a construção do templo a DEUS.

“Agora, pois, meu filho, o SENHOR seja contigo, a fim de que prosperes e edifiques a casa do SENHOR teu DEUS, como Ele disse a teu respeito. Que o SENHOR te conceda prudência e entendimento, para que, quando regeres sobre Israel, guardes a lei do SENHOR teu DEUS. Então prosperarás, se cuidares em cumprir os estatutos e os juízos que o SENHOR ordenou a Moisés acerca de Israel; sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes.” (1 Crônicas 22: 11-13)

A terceira palavra hebraica é “tzalach”, que pode ser traduzida como “ser livre, ter sucesso, ser próspero”. Esse sentido aparece quando o salmista desconhecido
retrata a diferença entre os justos e os ímpios.

“Ele é como a árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será próspero.” (Salmo 1: 3)

A quarta palavra do original hebraico é “chail”, que aponta para aquilo que naturalmente associamos com a palavra prosperidade. Nesse caso, sua tradução transmite a idéia de “riquezas, bens materiais”. Esse é o contexto de quando Davi alerta as pessoas que, ao receberem riquezas, jamais ponham sua confiança nelas.

“Não confieis naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas prosperam não ponhais nelas o coração.” (Salmo 62: 10)

Curiosamente, essa última tradução da palavra “prosperidade” para “riquezas, bens materiais” é a que menos aparece na bíblia. A partir daí concluímos que a teologia da prosperidade (veremos mais adiante) não possui respaldo bíblico em seus conceitos. O plano de DEUS é que seus filhos alcancem a prosperidade mais importante que é na alma e no espírito. E isso somente acontecerá se ouvirmos a Sua voz e guardarmos Seus mandamentos, tendo o cuidado de cumpri-los.

“Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu DEUS, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: (...) O SENHOR determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o SENHOR, teu DEUS. (...) O SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o SENHOR, sob juramento a teus pais, prometeu dar-te. O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado.” (Deuteronômio 28: 1, 2, 8, 11 e 12)

“Para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR, teu Deus, te abençoará abundantemente na terra que te dá por herança, para a possuíres, se apenas ouvires, atentamente, a voz do SENHOR, teu Deus, para cuidares em cumprir todos estes mandamentos que hoje te ordeno.” (Deuteronômio 15: 4 e 5)

Para todas as promessas de bênçãos descritas no livro de Deuteronômio há uma condição. As promessas estão atreladas à condição de “se ouvires”. A palavra “ouvir”, no hebraico, é “shamá”, que significa “cumprir, obedecer, viver, praticar”. Ou seja, não basta apenas escutar e ouvir a Palavra de DEUS. Qualquer um escuta, até mesmo nosso adversário. Ouvir a DEUS vai muito mais além do que isso. Ouvir a DEUS é um processo que se inicia ao escutar a voz Dele, mas é seguido de ações que refletem nossa disposição em servi-Lo: cumprir, obedecer, viver e praticar.

Concluímos, portanto, que o alvo da prosperidade de DEUS é a nossa alma e o nosso espírito. E é nisso que devemos nos atentar. A prosperidade financeira é um segundo plano que poderá ou não acontecer, dependendo da nossa obediência, e também dos planos que DEUS tem para nós. Mas nada impede que a nossa oração seja para que DEUS derrame suas bênçãos materiais sobre nós, para que, não só as necessidades sejam supridas, mas que também os desejos sejam atendidos, e assim experimentemos uma abundância financeira.

“Agrada-te do SENHOR, e Ele satisfará aos desejos do teu coração.” (Salmo 37:4)

A prosperidade não é medida pela quantidade de bens ou dinheiro que alguém possui. Lembre-se, ser próspero não é a mesma coisa que ser rico. Prosperidade é não ter falta de nada, é viver a ausência de necessidades. È ser suprido por DEUS em todas as questões da vida. Excede, e em muito, os conceitos materiais.

No Reino de DEUS não há miséria. Lá pode haver a abundância ou somente a provisão daquilo que é básico. O que ocorre são fases da vida ou chamados específicos para aprendermos a dar valor, e não colocar o dinheiro em primeiro lugar. DEUS nos chamou para comer o melhor dessa terra, se andarmos em obediência.

“Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor dessa terra. Mas se recusardes, fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.” (Isaías 1: 19 e 20)

A aliança de DEUS com seu povo abrange vários aspectos da vida. E um deles é o aspecto financeiro. O detalhe é que, a abundância financeira está condicionada à obediência. E se a obediência é uma questão totalmente espiritual, isso significa dizer então que as conquistas materiais estão totalmente relacionadas com as questões espirituais. Crescimento material é apenas umas das possíveis conseqüências de um crescimento espiritual.

Nem todos os cristãos prosperarão financeiramente e enriquecerão, e nem todos os servos de CRISTO serão pobres. É um erro querer fazer uma regra nisso, e querer limitar a ação e vontade do ESPÍRITO SANTO. DEUS jamais garantiu que daria dinheiro para todos seus servos. E também jamais garantiu que tiraria o dinheiro deles. Ele faz aquilo que quiser.

‘O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.” (1 Samuel 2: 7)

O exemplo de Jó.

Imaginem a situação de Jó: ele sabia o que era ter uma vida abastada, cheia de dinheiro. E então, de repente, DEUS permitiu que ele perdesse tudo, exceto a própria vida (capítulos 1 e 2 do livro de Jó). Começava então a provação desse homem.

“Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, pra saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.” (Deuteronômio 8: 2)

A palavra “provar”, no hebraico, aponta para o sentido de “exercitar a obediência aos mandamentos de DEUS”. Em outras palavras, quando Jó foi provado, todas as experiências a que ele foi submetido indicariam se ele obedeceria ou não aos mandamentos de DEUS, mesmo que estes ainda não tivessem sido oficializados no monte Sinai. Quando somos colocados à prova, percebemos que muitas vezes a nossa fé não condiz com nosso comportamento, e que precisamos perseverar para provar através das atitudes, que a nossa fé é genuína e verdadeira. Cada aprovação resulta em crescimento espiritual, fortalecimento da alma e caráter moldado à imagem e semelhança de DEUS.

Jó perdeu suas posses, seus filhos, seus empregados, seus animais e sua saúde. Isso equivale a dizer que, se fosse conosco, perderíamos nossa família, nossos amigos, nossas empresas, nossas propriedades, nosso status, nossa história, sendo reduzido simplesmente ao pó, nos tornando nada, sem ninguém e sem saúde. Tudo isso já nos seriam motivos para nos decepcionarmos com DEUS. Mas no caso de Jó, uma coisa não lhe foi tirada: sua esperança da salvação. Que assim como foi com ele, que a certeza da salvação também jamais seja tirada de nós.

“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19: 25)

Era como se a única esperança de Jó estivesse na salvação de sua alma. E de certa forma ele tinha razão. Não há bem mais precioso que a eternidade com DEUS. Isso era uma certeza que nada, e nem ninguém, poderiam arrancar do coração desse homem. Não importa o que acontecesse, ele sabia que o seu Salvador estava vivo, observando tudo, e que ao final de um tempo, Ele daria um basta em tudo aquilo, e levaria Jó a salvo para a eternidade.

Mas, antes que isso acontecesse, ele foi restituído em dobro em tudo que um dia ele já teve. Perceba que Jó nunca orou para que a restituição fosse dada a ele. Era algo que ele não esperava, ou melhor, não era a sua motivação. Sua motivação continuava sendo a eternidade ao lado de seu Criador. E de alguma forma, DEUS moveu o coração de Jó, para que este passasse a orar e interceder pelos seus três amigos, que tentavam encontrar explicações para a sua provação. E foi justamente isso que ele fez.

“(...) o meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que Eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. (...) e o SENHOR aceitou a oração de Jó.” (Jô 42: 8 e 9)

E quando Jó intercedia pelos seus amigos, certamente para que eles conhecessem a salvação, DEUS o restitui em dobro de tudo o que ele um dia já teve e que lhe foi tirado. A restituição de DEUS chegou numa hora em que Jó não estava esperando, não era esse seu pensamento, não era essa a sua motivação. Conosco também é assim. É quando não estamos nem esperando as bênçãos de DEUS que Ele vem e nos dá. É quando nós estamos concentrados em questões mais importantes como salvação, unção, intimidade, conhecimento e transformação pessoal que Ele nos surpreende com as bênçãos materiais.

“Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro, (...)” (Jó 42: 10 e 12 b)

E tem gente que nunca viu dez por cento do que Jó tinha e vive reclamando por não ter o dinheiro que gostaria de ter. Qual foi a postura de Jó quando ele, de um dia para outro, não tinha mais nada? Ele simplesmente renunciou as suas exigências por explicações de DEUS para tudo que se passava com ele.

Enquanto ele exigia respostas de DEUS, ele não as teve. Em contrapartida, DEUS o visitou com a Sua presença, e isso para ele foi o suficiente. A experiência de conhecer a DEUS, de com Ele andar, foi a melhor resposta que Jó poderia ter recebido. Descansar em DEUS é ter fé quando as más notícias aparecem repentinamente. E no final de tudo isso, ele foi aprovado por DEUS.

Quando a prosperidade é financeira.

Prosperidade financeira não é a essência do evangelho. Do que adianta ter tudo, exceto o mais importante? Para conseguir viver tanto nos dois extremos como na média, ou seja, tanto ser rico, pobre ou mediano, é preciso da ajuda de DEUS.

Há pessoas que têm muito dinheiro, mas que são verdadeiras miseráveis, e pessoas que não tem nada, mas que são extremamente generosas. Quando o assunto é prosperidade, ter dinheiro não significa ser rico, e não ter dinheiro não significa ser pobre.

“Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.” (Provérbio 13: 7)

Mas, qual é então, a postura que devemos ter quando a prosperidade financeira nos atinge? Receber riquezas de DEUS não é errado. DEUS pode sim fazer enriquecer, e realmente esse é o Seu plano para certas pessoas. Mas que sentido faz ter as mãos prósperas sem ter primeiro a alma próspera? Acima de tudo, a alma precisa ser próspera, e isso só pode acontecer através da intimidade com DEUS.
Não é errado sonhar com uma viagem, com um carro novo, com um casa maior, com uma casa própria, com uma roupa da moda, com a melhor escola para os filhos, etc. É claro que DEUS pode nos enriquecer, e é justamente aí que mostraremos aonde repousa nosso coração. O mundo está cheio de pessoas que enriqueceram e se esqueceram de DEUS, deram as costas para JESUS, se esqueceram de orar, de clamar e jejuar, de dar, de ofertar, de devolver o dízimo, de depender exclusivamente Dele.

Com uma área financeira abundante, não podemos deixar DEUS de lado e em segundo plano.

“Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham. Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça” (Provérbio 8: 17 e 18)

Riquezas e honra, bens duráveis e justiça. Os pares citados caminham juntos.Só faz sentido se estiverem relacionados. Quando DEUS nos dá riquezas, precisamos entregar toda a honra a Ele. Quando DEUS nos entrega bens duráveis, precisamos usar esses mesmos bens de forma a agir com justiça. De nada adianta ter riquezas e reter a honra para si mesmo. De nada adianta ter bens duráveis e agir injustamente. DEUS tem riquezas e bens duráveis para dar a nós, seus servos, mas jamais podemos esquecer quem precisa ser honrado em todo o tempo, e desprezar os atos de justiça, que são tão raros hoje em dia.

Os cinco mandamentos da prosperidade financeira.


I. Não criarás prosperidade se.

II. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes.

III. Não criarás estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado.

IV. Não evitarás dificuldades financeiras se gastares mais do que ganhas.

V. Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles
aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.

Autor: Abraham Lincoln, ex-presidente americano.

A ausência de dinheiro não é sinal de espiritualidade.

Há uma mentira religiosa que satanás implantou na cultura humana por séculos,  principalmente a partir do catolicismo romano, que diz que para se aproximar de DEUS, é necessário se abster de dinheiro e dos bens materiais, que para ser santo tem que ser miserável, que para ser uma pessoa espiritual não pode ser rica, e que humildade de espírito é sinônimo de pobreza. Devemos rejeitar a idéia de que ser pobre é sinônimo de ser espiritual. Esse conceito pode estar diretamente ligado ao gnosticismo (do grego “gnosis”, que significa conhecimento) que afirma que a matéria é ruim e o espírito é bom, sendo as mesmas doutrinas que foram tão combatidas pelo apóstolo João no início da Igreja.

Da mesma forma que miséria não é sinal de humildade, a espiritualidade também não é sinal de ausência de recursos financeiros. Para a igreja católica em Roma, lidar com dinheiro de forma a aumentar a riqueza era sinônimo de usura e, portanto, pecado. Seus ensinamentos ao povo diziam que o dinheiro era improdutivo, contradizendo totalmente as escrituras sagradas e os ensinamentos de JESUS em suas parábolas.

Se abster do dinheiro não significa a solução para uma boa saúde espiritual. Portanto, é um erro o cristão achar que o dinheiro é mal e que a sua vida espiritual será melhor se abdicar completamente dele. É claro que DEUS pode sim dar uma ordem para alguém se abdicar do dinheiro, mas isso será uma ordem específica para alguns. Não podemos generalizar, pois o dom da pobreza é um chamado ministerial para algumas pessoas. Se esse não é o seu caso, DEUS não te chamou para viver apuros financeiros para sempre na sua vida.

A usura.

Essa deturpação que veio com a igreja católica começou a ser desfeita a partir de João Calvino, com o cristianismo passando a entender que a usura é apenas a cobrança excessiva de juros. Calvino ensinava que os juros deveriam ser cobrados de forma justa de pessoas que poderiam pagar por isso, e que jamais deveria ser cobrados juros dos pobres. A idéia de Calvino era simplesmente não fazer aos outros aquilo que você não faria a si mesmo.

“A teu irmão não emprestarás com juros, nem dinheiro, nem comida, nem qualquer coisa que se empresta com juros. Ao estrangeiro emprestarás com juros, porém a teu irmão não emprestarás com juros; para que o SENHOR teu DEUS te abençoe em todos os teus empreendimentos, na terra a qual passas a possuir.” (Deuteronômio 23: 19 e 20)

A usura era proibida até por uma questão moral. Sem o empréstimo de dinheiro, o mundo do comércio não existiria. Pessoas não abririam negócios próprios, não comprariam nem venderiam. O bom censo precisa ser aplicado nessa questão.

A palavra hebraica para juro é “neshekh”, que significa mordida, semelhante a uma mordida de cobra. A tradição judaica diz que “do mesmo modo que uma pessoa só percebe que foi mordida por cobra quando começa a inchar, assim é aquele que toma emprestado e que talvez só perceba o juro quando ele o incha e o consuma”. Não sejamos essa cobra venenosa ao nosso irmão.

Para ser um cristão, não é necessário ser pobre ou rico.

O cristianismo não faz nenhuma alusão à pobreza. Ele na verdade proclama dentre tantas outras coisas, a prosperidade acompanhada da generosidade. É através dessas duas condições que o Evangelho é levado até os confins da terra, com a pregação da palavra e a salvação de almas. E olhando sob uma ótica financeira, veremos que o Evangelho estimula as pessoas a abandonar os vícios, trabalhar honestamente, administrar os recursos com zelo, manter a generosidade, financiar as obras assistenciais, além de trocar o roubo pelo trabalho honesto. Portanto, o Evangelho prega o equilíbrio financeiro e a igualdade social, e não a miséria e a pobreza. Portanto, o saldo bancário não é indicador de verdadeiro cristianismo. Para ser um seguidor de CRISTO, basta obedecer e praticar a Palavra.

Dois pontos de vista completamente errados e contrários à palavra se encontram em duas extremidades: a teologia da prosperidade e a teologia da miséria. Vamos entender um pouco mais o que elas defendem.

A teologia da prosperidade.

Essa teologia está mais preocupada com as bênçãos materiais do que com as espirituais. São falsos ensinos que pregam um outro evangelho, de um outro “cristo”, para uma outra “salvação” e para um outro “reino”. Que tenhamos cuidado com mensagens do tipo: “venha para a nossa igreja que DEUS te dará o carro com que você tanto sonha, ou sua casa própria, ou sua empresa, ou dinheiro, enfim será o fim das dívidas, serás rico, basta crer, oferte mil para colher a cem por um, etc”. Se você for a qualquer igreja buscando isso, temos uma notícia a te dar: a sua frustração será do tamanho dessa mentira que lhe foi ensinada.

“Pois nunca deixará de haver pobres na terra.” (Deuteronômio 15: 11 a)

A teologia da prosperidade ainda promete aquilo que DEUS não prometeu dar.Em seus ensinos há uma barganha com DEUS, do tipo “dar X para receber em troca 2 X ou até 10 X, dar o carro popular para receber um carro luxuoso, fazer parte de uma igreja objetivando enriquecer”. Essa teologia visa gerar uma igreja rica com líderes e membros ricos. Mas lembre-se de quem nem todos serão ricos, e, portanto, é um erro ter uma igreja integralmente formada por ricos.

Não ser rico não é sinal de falta de fé ou presença de pecado. Ser rico não é sinal de ser uma pessoa bem sucedida, com saúde física e emocional, com plenitude espiritual, com fé, etc.

JESUS não estabeleceu a Sua Igreja para que as pessoas estivessem sob uma cobertura espiritual em troco de prosperidade financeira, dinheiro, bens e enriquecimento. A cobertura espiritual da Igreja fornece ao cristão a garantia de que as portas do inferno não irão prevalecer sobre a sua vida. Não se achegue a DEUS para barganhar, mas sim para se doar e entregar sua vida aos cuidados Dele.

Quando se pergunta se uma pessoa está bem, automaticamente pensamos em dinheiro e desprezamos as questões espirituais, como a paz, a alegria e o equilíbrio emocional. Mas de acordo com a bíblia, uma pessoa de sucesso é aquela que caminha com JESUS, e não aquela que possui dinheiro.

A bíblia jamais desprezou as pessoas sem recursos financeiros, nem os tratou com preconceito, muito pelo contrário. Pobreza não é sinal de maldição e nem de espiritualidade. Lembre-se, uma pessoa pode ser pobre, cheia do ESPÍRITO SANTO e próspera ao mesmo tempo, se suas necessidades forem supridas em CRISTO JESUS.

“Então lhes recomendou: tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12: 15)

Um homem de sucesso na bíblia é medido através de sua intimidade com DEUS e não através do seu dinheiro. O homem não é medido pela quantidade de bens que possui, mas é medido pelo seu caráter.

O fundamento do evangelho de JESUS não é ter dinheiro, ser reconhecido, ter saúde, etc, mas é a obra da cruz e nossa obediência a Ele.

A teologia da prosperidade aborda somente o lado maravilhoso da vida aos olhos do mundo, e se esquece de falar que “ainda que a figueira não floresça...” (Habacuque 3: 17). Durante a vida com JESUS, teremos aflições, tempestades, adversidades, momentos de silêncio de DEUS, etc.

É claro que a prosperidade financeira na vida do cristão é um presente e uma benção dada por DEUS. A bíblia está repleta de promessas nesse sentido. Assim foi com Davi, Salomão, Jó, entre tantos outros homens de DEUS. O ministério de JESUS foi financiado por grandes quantias de ofertas ao ponto de terem a necessidade de se levantar um tesoureiro para cuidar dos recursos doados.

Mas a teologia da prosperidade ensina que quanto mais se der, mais se receberá, e que isso, sim ou sim, irá acontecer na vida daqueles que estiverem posicionados e que crerem. E que, caso isso não ocorra, será um problema de falta de fé ou de algum pecado na vida da pessoa.

Com isso, esse ensinamento se esquece simplesmente da soberania de DEUS. Ele é, além de Todo Poderoso, o DEUS Soberano, ou seja, Ele não precisa nos dar satisfações e Ele tem o direito de fazer o que julgar ser melhor, a favor de quem Ele quiser. Está correto que a lei da semeadura nos diz que aquilo que plantarmos, colheremos, podendo ser em diferentes medidas e proporções (veremos mais sobre isso no capítulo 15). Porém acima disso está a soberania e os planos de DEUS para a vida de cada pessoa.

A soberania de DEUS remete ao fato de que, apesar de termos nossos olhos carnais e limitados, conseguimos enxergar que a vontade de DEUS continua sendo a melhor e a mais adequada, inclusive aquelas que nos causam aflições. DEUS não está chamando todos para serem ricos financeiramente, mas chamando todos para serem obedientes, submissos, e que cheguem à salvação. Isso significa que DEUS chama todos para serem ricos espiritualmente.

“... Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3: 9 b)

A riqueza de DEUS não é a riqueza que nós conhecemos. A riqueza de DEUS é eterna, enquanto que a riqueza material é temporária.

“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem, porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2 Coríntios 4:18)


A teologia da miséria.

Aquele que vive nessa teologia se recusa a acreditar que DEUS pode nos abençoar materialmente. Essa teologia diz que o cristão verdadeiro tem que ser pobre e miserável, tem que sofrer, não pode sonhar em ter, ou muito menos ter efetivamente, vive no sufoco endividado, passando fome aqui na terra para receber alguma recompensa no céu.

Nós vivemos numa cultura eclesiástica que diz que ter dinheiro é pecado. Tem que ter uma vidinha, um empreguinho, uma condiçãozinha, tudo “inho”. Ter até um limite de cifra tudo bem, é aceitável, mas se passar disso significa que provém do maligno. Ou também não se vê capaz de ter acima do teto que a si mesmo estabeleceu. Quem realmente tem desejado e lutado para ser cabeça e não cauda? Não só na esfera da autoridade espiritual, mas, inclusive, a ponto de influenciar a sociedade. Os cristãos ou os ímpios?

DEUS irá enriquecer sim alguns de seus filhos. Serão aqueles com um chamado para serem mantenedores e financiadores da Igreja através de seus dízimos e de suas ofertas (Romanos 12: 8). Será que você não é uma dessas pessoas? DEUS conta com pessoas pobres e ricas.

Nem todos têm o mesmo chamado. Uns foram chamado para apóstolos, outros para professores, outros ainda para evangelistas, e quem sabe um profeta ou apóstolo (Efésios 4: 11). DEUS deseja usar alguns no meio artístico, outros na economia, outros no esporte, outros ainda na moda, ou até na política. DEUS tem um plano e em chamado específico para cada um de nós. É dessa forma que DEUS trabalha.

Davi sonhou em construir um templo para que DEUS fosse adorado. Ele tinha certeza que isso era algo que vinha do coração de DEUS. Ele tinha todos os recursos, tinha o projeto, tinha o local. Somente por um detalhe ele não pôde seguir em frente com seu sonho. Não era a vontade de DEUS que fosse ele a levantar o templo. DEUS tinha esse chamado para outra pessoa, mais especificamente, para seu filho Salomão (leia 2 Samuel 7).

Às vezes, o que achamos ser para nós não é. E não pense que Davi boicotou a construção do templo por não ser ele o responsável. Pelo contrário, ele deu todo apoio e suporte para que seu filho tivesse êxito. Davi soube se contentar com o plano de DEUS para sua vida. E igualmente, ele soube ver que DEUS quer contar com todos, e não com poucos.

Por tudo isso, concluímos que o plano de DEUS é o de ter pessoas com e sem dinheiro, para que haja servos Dele em todas as camadas e níveis da sociedade. DEUS levanta igualmente o pobre e o rico para pregarem o evangelho. DEUS conta com pessoas ricas, assim como conta com pessoas pobres. Lembre-se, ter ou não ter dinheiro não é condição de espiritualidade. Se assim fosse, por que todos os pobres não são crentes? Por que há pobres seguindo diversas religiões? Ou então, por que existem pessoas ricas convertidas a JESUS? DEUS tem todo o direito de manter alguém pobre, manter alguém rico, deixar alguém pobre, ou então deixar alguém rico. É por isso que Ele é DEUS.


A obediência inicia a prosperidade.

A obediência aos nossos líderes, reconhecendo que DEUS fala através da boca deles, é um grande segredo para prosperarmos. Se o pastor falar para fazer, faça. Se ele falar para poupar, poupe, Se ele falar para comprar, compre. Se ele falar para quitar, quite. Se ele falar para investir, invista. Aqueles que crerem nos profetas de DEUS nessa terra, prosperarão.

“Credes nos seus profetas, e prosperareis.” (2 Crônicas 20: 20)

Mas permita te darmos uma boa notícia! Para ser obediente, não precisamos fazer alguma faculdade, ou pós-graduação, ou até mesmo um doutorado. Não precisa ser um Phd. Não precisa ter QI elevado para conseguir obedecer. Não precisa nascer numa família modelo para obedecer. Não existem cursos especializados de obediência por aí. Nada disso. Para obedecer, por incrível que pareça, basta simplesmente, obedecer.

A obediência a DEUS é o caminho mais curto para ser abençoado financeiramente, mas atenção, lembre-se que enriquecer não é seu objetivo de vida, e que DEUS dará a quem Ele quiser, afinal de contas, Ele é SOBERANO.

“Será, pois, que, se, ouvindo estes juízos, os guardares e cumprires, o SENHOR teu DEUS te guardará a aliança e a misericórdia prometida sob juramento a teus pais; Ele te amará e te abençoará e te fará multiplicar; também abençoará os teus filhos, e o fruto da tua terra, o teu cereal, o teu vinho e o teu azeite, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas, na terra que, sob juramento, a teus pais prometeu dar-te.” (Deuteronômio 7: 12 e 13)

 Escrito: Shizuo

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